Incapacidade funcional de mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Nayara Priscila Dantas de
Orientador(a): Souza, Dyego Leandro Bezerra de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21522
Resumo: O câncer de mama apresenta altas taxas de incidência e atualmente observa-se aumento considerável na taxa de sobrevida, de modo que a qualidade desta sobrevivência passa a ser considerada uma importante questão de saúde pública. O objetivo do estudo foi verificar a prevalência de incapacidade funcional e seus fatores associados em mulheres sobreviventes ao tratamento do câncer de mama. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 101 mulheres residentes no município de Natal-RN com diagnóstico de neoplasia maligna da mama, que foram submetidas ao tratamento oncológico há no mínimo um ano e que ainda permanecem em acompanhamento clínico na Liga Norte Riograndense contra o Câncer. O estudo foi composto por duas fases de coleta de dados, realizadas com o acesso aos prontuários das pacientes e com entrevistas individuais. A capacidade funcional foi aferida por meio do instrumento Disabilities of the Arm and Shoulder (DASH). Coletaram-se também variáveis relacionadas às características socioeconômicas, hábitos de vida, condições de saúde, histórico ginecológico e obstétrico, características clínicas do tumor e abordagem terapêutica. A análise bivariada foi realizada por meio do teste teste Qui-quadrado de Pearson (Exato de Fisher). A análise multivariada foi feita por meio da Regressão de Poisson com variância robusta. Considerou-se o nível de confiança de 95%. A idade média das mulheres incluídas no estudo foi de 56,19 anos (±10,6), com renda média mensal de 3,88 (±4,5) salários mínimos e com acesso ao serviço de saúde público predominante (50,5%). Em sua maioria, as pacientes foram submetidas à abordagem cirúrgica conservadora (53,5%). A prevalência de incapacidade funcional foi de 22,8% (IC95%: 13,9-31,6). A capacidade funcional mostrou-se associada de maneira estatisticamente significativa à idade e ao tipo de acesso ao serviço de saúde. Pode-se concluir que as pacientes mais jovens sofreram maior impacto do tratamento do câncer de mama na funcionalidade quando comparadas às mulheres mais idosas. Quanto ao acesso ao serviço de saúde, as mulheres que receberam acompanhamento clínico público apresentaram maior ocorrência de incapacidade funcional, o que aponta para a necessidade de serviços de saúde mais organizados na sua rede assistencial, menos burocráticos e efetivamente resolutivos, minimizando os impactos do tratamento oncológico nas condições de vida e saúde das sobreviventes do câncer de mama.