Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mesquita, Pedro Henrique Parente de |
Orientador(a): |
Porto, Maria Emilia Monteiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE HISTÓRIA - REDE NACIONAL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27186
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo trabalhar o ensino da história afro-brasileira dentro do complexo ambiente escolar diante da modernização do currículo no qual, se tem a obrigatoriedade de trabalhar o assunto dentro dos espaços de ensino (Lei 10.639/03). A sugestão da lei seria trabalhar o tema de africanidades durante todo o período de ensino, mas o que se percebe, na grande maioria das vezes é que se trabalha o assunto durante um dia ou através de um evento, mantendo a ideia de que esse seria um assunto à parte do conteúdo de História, um tema diferente, exótico, sem promover a naturalização do assunto. Muitas vezes, o que identificamos na prática é que o tema acaba sendo tratado de forma secundária e, ou pior, reforçando práticas que há muito são criticadas. Nessa perspectiva, de combate ao reforço de práticas racistas, uma das formas de mudar essa realidade seria trazer para o ambiente escolar a discussão de construção de identidade, proponho essa discussão através do diálogo com a cultura hip-hop. No Brasil o hip-hop ganha notoriedade na década de 1990 como um movimento que surge na periferia dando voz para os marginalizados da sociedade. Isso é feito através da poesia que, no movimento hip-hop, é chamada de rap (ritmo e poesia). Em diversos momentos identificamos nessa poesia a questão racial como um ponto central do seu discurso, problematizando o papel do negro dentro da sociedade. Como nos últimos anos percebeu-se uma difusão muito grande de artistas desse gênero, trabalhamos na perspectiva de como essa linguagem, analisada como fonte histórica, pode fornecer os elementos participantes da construção dessa identificação racial, já que esse gênero acaba sendo muito escutado e difundido no espaço escolar através dos alunos que consomem esse estilo musical. Esse trabalho foi feito através de uma oficina de história (Hip-hop, identidade e História), que aconteceu na escola EEEP Dona Creusa do Carmo Rocha, localizada na cidade de Fortaleza, no bairro Monte Castelo, nos Estado do Ceará. Ao final da oficina foi aplicado um questionário que procurou identificar como essa oficina teria provocado mudanças nas formas de interpretação dos fatos históricos para os alunos, buscando dialogar com o conceito de consciência histórica proposto por Jörn Jüsen em seus trabalhos. |