Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Felipe Vieira da |
Orientador(a): |
Lima, João Paulo Matos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOINFORMÁTICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33100
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Resumo: |
Alterações na sequência primária de aminoácidos podem resultar em alterações na estrutura tridimensional de proteínas e perda parcial ou total da sua função. Uma forma de representar as ligações e interações entre todos os aminoácidos de uma proteína é por meio das redes de interação de resíduos (RINs). Nas RINs a estrutura 3D de proteínas são apresentadas na forma de grafos, onde os nós representam os resíduos de aminoácidos e as arestas representam as interações físico-químicas entre os aminoácidos. Nossa hipótese é que a comparação entre RINs de uma mesma proteína em diferentes conformações pode ser utilizada para avaliação dos efeitos de mutações e polimorfismos, assim como para a análise e validação de modelos teóricos. Portanto, o estudo tem por objetivo construir uma ferramenta para comparação de diferentes RINs para uma proteína e utilizar tais dados para pontuar diferenças conformacionais entre proteínas e na validação de modelos gerados por homologia. As RINs foram criadas utilizando o RING 2.0 (Residue Interaction Network Generator). A ferramenta desenvolvida para isso, chamada de CoRINs (Comparator of Residue Interaction Networks), compara todos os nós de RINs geradas a partir de diferentes arquivos de estrutura (PDBs) de uma mesma proteína, levando em consideração a posição, a cadeia e o resíduo, bem como suas interações com os outros aminoácidos. A ferramenta apresenta um gráfico que estima a variação de interações formadas por cada resíduo, que pode ser utilizado com uma estimativa para a variação conformacional daquele sítio proteico, a partir do conjunto de PDBs comparados. Como aplicação para a ferramenta, utilizamos um conjunto de dados com oncogenes e genes supressores de tumor e suas respectivas mutações reportadas. Estas foram mapeadas de acordo com a variação da conectividade de cada resíduo. Os resultados demonstram que mutações associadas aos oncogenes apresentam uma maior tendência de ocorrer em sítios com maior variação na quantidade de interações em seus resíduos. Adicionalmente, a maioria das mutações anotadas como patogênicas e associadas ao câncer nestes genes ocorreu em sítios com maior quantidade de mudanças em interações químicas e físicas. Tais resultados demonstram que a ferramenta CoRINs pode ser útil na identificação das ligações químicas secundárias e interações não-covalentes essenciais à manutenção da estrutura proteica, podendo ser utilizada em estudos evolutivos, como na manutenção da função de proteínas homólogas com alta divergência de sequência primária e também na comparação e validação de modelos estruturais teóricos. |