Foraminíferos, ostracodes e microfauna associada da plataforma continental equatorial norte-rio-grandense, NE Brasil: área Porto do Mangue a Galinhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lima, Rozileide de Oliveira
Orientador(a): Vital, Helenice
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21064
Resumo: Este estudo foi realizado na plataforma interna equatorial brasileira adjacente ao Rio Grande do Norte, entre a região de Porto do Mangue e Galinhos, tendo como principal objetivo a caracterização dos sedimentos biogênicos, especialmente os foraminíferos e ostracodes coletados na superfície do fundo marinho. A metodologia utilizada envolveu procedimentos padrões de levantamentos bibliográficos, processamento de amostras em laboratório e identificação, em lupa binocular e microscopia eletrônica de varredura (MEV) dos foraminíferos e ostracodes segundo gênero ou espécie. Análises estatísticas multivariadas e estudo dos índices ecológicos foram aplicados no estudo de foraminíferos. Com o objetivo de um melhor entendimento e interpretação dos resultados a área foi dividida em três perfis perpendiculares a linha e costa, desde a plataforma interna até o talude: o perfil 01 (a leste, próximo a Galos), o perfil 02 (centro, próximo à cidade de Macau) e o perfil 03 (a oeste, próximo a Ponta do Mel). As condições ambientais influenciam diretamente no desenvolvimento dos organismos. Na região de estudo observa-se uma homogeneidade relativa para as distribuições horizontais de temperatura, verificando-se para a superfície (mínima de 24º C, e máximas de 29ºC a 35ºC) e para a região localizada nas proximidades do fundo (mínima de 5,2 ºC, e máxima de 28,8 ºC). Os resultados indicaram o predominio dos gêneros de foraminíferos bentônicos com pouca ocorrência planctônica. Os gêneros bentônicos observados em maior abundância foram Quinqueloculina, Textularia , Globigerina e Pyrgo, respectivamente; Quinqueloculina, Textularia, Pyrgo, Ammonia, Elphidium, Pseudononion, Peneroplis, Bolivina e Poroeponides, respectivamente, ocorreram com maior frequência. Com menor frequência foram descritos Amphistegina, Arcaias, Bigenerina, Cibicides, Cassidulina, Amphicorina, Cornuspira, Paterina, Hopkunsina, Oolina, Uvigerina, Fusenkoina, Nonionella, Amphisorus, Wiesrella, Reussella, Reophax, Nodosaria, Marginulina e Cyclogyra. Também foram Entre os Foram identificados seis gêneros de ostracodes: Puriana variabilis/P. convoluta ?, Loxoconcha sp, Bairdiidae, Xestoleberis sp, Hemicytheridae e Ruggiericythere sp. Os grupos de organismos encontrados na plataforma atual apresentaram composição química principal de Ca, C, O, Na, Cl, Al, Mg e Si. A proporção destes elementos químicos pode variar de acordo com o tipo de sedimento biogênico, sendo as maiores quantidades identificadas de Ca, C, Cl, Na e O. A datação absoluta pelo método carbono 14 indicou que as gerações de sedimentos de colorações diferentes (claras e escuras), correspondem a uma única idade, entre 3 e 6 mil anos AP, relacionados ao Quaternário. Estes dados irão complementar informações a respeito dos sedimentos biogênicos existentes atualmente na plataforma continental brasileira, especialmente na região nordeste, onde há carência de estudos nesta linha de pesquisa.