"Louvado seja o Santíssimo Sacramento": o anticomunismo católico e a formação da identidade e da espacialidade norte-riograndense (1934-1937)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Leirias, Daniela Araújo
Orientador(a): Peixoto, Renato Amado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21905
Resumo: O propósito dessa dissertação é analisar a formulação do anticomunismo católico no Brasil entre 1934 – 1937, comparando o plano local com o nacional, tendo como material de estudo o anticomunismo difundido no Rio Grande do Norte pelo jornal católico A Ordem e pelo jornal laico A República e, no plano nacional, pela revista A Ordem, editada pelo Centro Dom Vital, do Rio de Janeiro. Entendo que a produção católica do anticomunismo se insere nos pressupostos e estratégias políticas que a Igreja buscava fomentar. Sendo assim, achamos necessário ligar a compreensão desse discurso ao pensamento católico contra a modernidade e as suas formulações, trabalhadas no século XIX e início do século XX pela Igreja para entender a especificidade de sua tradução no Brasil. Dessa maneira, compreendemos que o anticomunismo católico é parte do discurso antimoderno traduzido no Brasil e no Rio Grande do Norte em razão dos pressupostos e estratégias que a Igreja e a Diocese de Natal procuravam alavancar na década de 1930. Para esta análise, houve a necessidade de considerarmos a produção específica do campo religioso, pela articulação teóricometodológica de Pierre Bourdieu das categorias ‘campo’ e ‘espaço’ e dos mecanismos de representação nas diferentes escalas. Discernindo as ações e estratégias do espaço social católico, buscamos entender os espaços políticos com os quais o nacional e o local dialogaram. Assim, percebemos que a relação entre a religião e a política se constituiu a partir da formulação de um tipo de capital simbólico específico, adaptado às experiências do nacional e do local, e, no caso local, desempenhou um papel central na produção do espaço e da identidade norte-rio-grandense na década de 1930.