Avaliação da qualidade de vida, terapia comunitária integrativa, apoio familiar e satisfação com os serviços de saúde entre idosos com e sem sintomas de depressão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Vanessa de Lima
Orientador(a): Araújo, Aurigena Antunes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22100
Resumo: A depressão é um transtorno mental que afeta todas as faixas de idade, no entanto com o envelhecimento demográfico da população mundial, se configura como um problema de saúde pública para os idosos, uma vez que pode afetar a qualidade de vida e aumentar o risco de morte nesta fase da vida. Um dos principais desafios para a política de atenção à saúde do idoso, diz respeito ao rastreamento da depressão. Além disso, tão importante quanto rastear os indivíduos com sintomas de depressão, faz-se necessário identificar fatores que podem contribuir ou agravar esses sintomas. Algumas variáveis podem afetar e agravar a depressão, entre eles, os fatores socioeconômicos, a satisfação dos pacientes com os serviços de saúde e a relação familiar que podem comprometer a qualidade de vida dos idosos. Sendo assim, o presente trabalho tem o objetivo de comparar entre idosos não institucionalizados que apresentam ou não sintomas de depressão, a qualidade de vida, aspectos sociais, econômicos e clínicos, uso de antidepressivo e/ou ansiolíticos, terapia comunitária integrativa, apoio familiar e a satisfação com os serviços de saúde. Trata-se de um estudo transversal do tipo caso-controle, sendo os casos formados por indivíduos com score maior que 5 na Escala de Depressão Geriátrica (EDG) e os controles, idosos com score na EDG menor ou igual a 5, realizado no Centro de Apoio Psicossocial das zonas Oeste e Leste e Centro Especializado na Atenção à Saúde do Idoso, respectivamente na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Foram utilizados os seguintes instrumentos de coleta de dados: Questionário Socioeconômico Demográfico e Clínico, Family Assessmente Device (FAD), World Health Organization Quality of Life-BREF (WHOQOL-BREF) e de Escala de Avaliação da Satisfação dos Usuários com os Serviços de Saúde (SATIS-BR). Variáveis sócio-demográficas e clínicas entre os grupos caso e controle foram comparados usando o teste qui-quadrado e análise de variância (ANOVA). Os escores do WHOQOL-BREF, FAD, e SATIS-BR escores foram comparados usando ANOVA. Foram considerados significantes os valores de p <0,05. O grupo de casos foi formado por 54 idosos e o controle foi formado por 61 idosos. No grupo de casos 51,85% da possui diagnóstico de depressão e no grupo controle 27,87%, apresentando um p = 0,007. Quanto à qualidade de vida, o grupo de casos apresentação um comprometimento no domínio das relações sociais (p = 0,003). O FAD identificou a solução de problemas como principal comprometimento familiar sendo para os casos, valores 2,09±0,70, enquanto controles 2,04±0,54 (p= 0,040). . Quanto à satisfação com os serviços de saúde na faceta satisfação com o local onde é oferecido o serviço, o grupo de casos apresentou maior satisfação, (3,03±1,04), enquanto os controles (2,92±0,80) estavam menos satisfeitos (p = 0,007). A baixa renda e escolaridade da população idosa contribuem para o aparecimento dos sintomas depressivos. Porém, a terapia farmacológica com antidepressivos/ansiolíticos não se mostra totalmente eficaz na remissão dos sintomas depressivos e a terapia comunitária integrativa se mostra como uma estratégia associada a terapia farmacológica para tratamento dos sintomas depressivos.