Potencial de adsorção de fosfato por solos naturais em reservatórios do semiárido: uma abordagem em microcosmos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bezerra, Marina Maria de Melo
Orientador(a): Becker, Vanessa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46816
Resumo: A eutrofização é uma das principais causas da deterioração da qualidade da água e o seu gerenciamento é de suma importância. Reduzir o aporte externo de nutrientes é essencial, mas muitas vezes não é suficiente devido ao processo de fertilização interna do sedimento. Nesse contexto, medidas de controle da eutrofização aplicadas nos ecossistemas aquáticos são necessárias para acelerar a recuperação. Dentre as técnicas de restauração utilizadas atualmente, encontra-se a remoção do fósforo reativo solúvel (FSR) através do uso de adsorventes de fase sólida, naturais ou modificados, uma das técnicas utilizadas na Geoengenharia. A aplicação da técnica em escala real pode ter alto custo dificultando a aplicação em países em desenvolvimento. Visando a redução do custo de aplicação, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial de adsorção de fosfato de dois adsorventes naturais provenientes do semiárido potiguar, Planossolo Háplico (PLA) e o Luvissolo Crômico (LUV), em água natural de reservatórios da mesma região. O potencial de adsorção foi avaliado através de testes de adsorção em água natural dos reservatórios Dourado e Gargalheiras, utilizando um gradiente de concentrações de fosfato de 0 até 100 mg L-1 . Com aplicação dos solos na água natural sem a adição de fosfato, tratamento que se aproxima da condição real de aplicação, a concentração de fosfato aumentou, ou seja, houve liberação. LUV obteve capacidades máximas de adsorção de 14,9 e 23,9 mg L-1 para, respectivamente, Dourado e Gargalheiras, enquanto PLA obteve capacidade máxima de adsorção de 16 e 17 mg L-1 . De acordo com as isotermas encontradas os valores de capacidade máxima de adsorção podem ser superestimados, visto que as isotermas não atingiram o equilíbrio. A máxima eficiência de remoção de fosfato ocorreu próximo a concentração inicial de 50 mg L-1 . A remoção de fosfato foi encontrada apenas nas concentrações elevadas de FSR, em comparação as condições naturais dos reservatórios do semiárido estudados. Sendo assim, os solos naturais do semiárido não obtiveram potenciais de adsorção adequados para a utilização na restauração dos ecossistemas eutrofizados da mesma região. Apesar das altas capacidades máximas de adsorção, as isotermas geradas não atingiram o equilíbrio, os valores encontrados para este parâmetro podem ter sido superestimados.