Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Matheus Arthur Lúcio da |
Orientador(a): |
Lima, Sérgio Maia Queiroz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51207
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Resumo: |
Sistemas subterrâneos podem ser encontrados em diversas formações minerais, abrigando uma fauna com diferentes estratégias de vida, que de forma conjunta, podem utilizar o ambiente subterrâneo permanentemente ou temporariamente. Dentre esses habitantes, destacam-se os troglóbios, grupo que reúne organismos que apresentam uma série de adaptações ecológicas, fisiológicas, morfológicas e comportamentais associadas ao ambiente subterrâneo. No Brasil, a fauna troglóbia vem sendo descrita com maior intensidade nas duas últimas décadas, com a prospecção de novos locais e a integração de diferentes ferramentas analíticas. Apesar disso, as regiões Sul e Sudeste ainda se destacam em detrimento das demais, concentrando a maior parte dos estudos taxonômicos, ecológicos e genéticos de organismos troglóbios. No entanto, o Nordeste, em especial o estado do Rio Grande do Norte (RN), vem se destacando no conhecimento dessa fauna, com a descobertas de novas espécies de invertebrados troglóbios, como crustáceos, platelmintos e insetos. Dentre os novos organismos descritos no RN, está o gênero de anfípodes Potiberaba, monotípico e endêmico das cavernas da região, que durante sete anos apresentou distribuição restrita à localidade tipo. Após novas expedições, exemplares foram registrados em mais onze localidades, e cujos dados moleculares indicaram possíveis novas espécies nas cavernas da região. Até então a hipótese se sustentava apenas em delimitações utilizando um marcador mitocondrial. Dessa forma, através de uma abordagem integrada entre ferramentas moleculares (incluindo marcadores nucleares) e morfológicas, o estudo se propôs a avaliar a convergência entre as diferentes informações para sustentar a hipótese de um complexo de espécies, assim como identificar caracteres morfológicos capazes de distingui-las, e ao final, propor a descrição das novas espécies de Potiberaba. Através de uma abordagem iterativa entre informações morfológicas e marcadores moleculares (cox1 e 28S), o estudo propõe a existência de cinco espécies alopátricas, das quais quatro apresentam distribuição restrita, com baixa diversidade genética e morfológica, enquanto P. porakuara é amplamente encontrada no sul da Formação Jandaíra. O estudo também indicou que além das divergências genéticas, as linhagens podem ser identificadas através de caracteres morfológicos com alta taxa de acerto, evidenciando que a riqueza de espécies dessa formação está subestimada. |