Carga de trabalho de enfermagem no alojamento conjunto em hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cabral, Beatriz Tavina Viana
Orientador(a): Martins, Quenia Camille Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48398
Resumo: Visando garantir um cuidado de enfermagem com respaldo científico e autonomia, verifica-se a importância do dimensionamento adequado de profissionais da enfermagem nos cenários de cuidado. Sendo o alojamento conjunto um ponto focal da assistência ao binômio mãe e recém- nascido. Evidenciando ainda que a assistência neste período é de extrema importância para a garantia de cuidados adequados até o momento da alta hospitalar. O presente estudo tem como questões norteadoras: quais os indicadores de cuidados despertam uma maior necessidade assistencial na puérpera e no neonato? E quais as classificações existentes para o binômio em alojamento conjunto? O objetivo geral é avaliar a carga de trabalho de enfermagem por meio de instrumento específico para classificação do binômio mãe-filho na unidade de alojamento conjunto. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e de abordagem quantitativa, realizado no setor de alojamento conjunto de um Hospital Universitário, realizado entre os meses de janeiro e fevereiro de 2022. Foi utilizado o Instrumento para a Classificação de Binômio em Alojamento Conjunto proposto por Dini et al (2018), o qual é composto por sete indicadores de cuidado, sendo eles: Via de parto; Morbidade materna e intercorrência; Morbidade neonatal e intercorrência; Aleitamento; Agravantes sociais; Educação e orientação de cuidados e Interação e vínculo. A pesquisa foi dividida em três etapas: a primeira foi por meio da utilização do instrumento de Dini et al. (2018); a segunda refere-se aos dados sociodemográficos e obstétricos; e a terceira é dos itens à Lista de Verificação para o Parto Seguro presente no prontuário. A coleta de dados ocorreu através da busca ativa no alojamento conjunto, diariamente, a cada 24 horas, em forma de entrevista e revisão documental. A pesquisa seguiu os preceitos éticos segundo Resolução nº 466/ 2012 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa sob Certificado de Apreciação Ética nº 54027921.7.0000.5568. Os dados foram armazenados e processados por meio dos softwares Microsoft Office Excel e Statistical Package for the Social Sciences, versão 25.0. O tratamento descritivo foi através das médias e medianas, a análise dos dados foram usados os testes T de Student ou ANOVA, Qui-quadrado de Pearson modelo de regressão do tipo Generalized Estimated Equations. Foram identificados 213 binômios mãe-filho e 471 avaliações, sendo que (105; 49,3%) foi parto via vaginal/ normal e (108; 50,7%) parto via cesáreo, no que diz respeito às orientações do parto (124; 58,2%) receberam durante o pré-natal, enquanto que as orientações da amamentação (131; 61,5%) recebera, já nos cuidados com o recém-nascido (124; 58,2) receberam. Conclui-se que houve uma diferença significativa na carga de trabalho entre os partos normais e cesáreos, indicando uma necessidade de cuidado de direcionado as parturientes que tiveram parto cesáreo. Além disso, ao analisar os indicadores, identificou-se que o aleitamento foi o responsável pelas mais altas pontuações.