A minha dor não é a dor dela: investigações etnográficas sobre a vivência de mulheres com artrite reumatoide

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bezerra, Cristina Diógenes Souza
Orientador(a): Valle, Carlos Guilherme Octaviano do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33346
Resumo: A artrite reumatoide (AR) é considerada uma doença inflamatória, autoimune, degenerativa e multifatorial, que afeta quatro vezes mais mulheres do que homens e se manifesta principalmente através de dores intensas nas articulações, inchaço e dificuldade em movimentar-se devido às limitações corporais causadas. Posto isso, esta pesquisa busca investigar experiências de vida de mulheres com artrite reumatoide, a fim de compreender, a partir da trajetória de vida e do itinerário terapêutico, as experiências da doença. Para isso serão considerados o contexto social vivenciado e os demais fatores implicados no processo, como as interseccionalidades (PUAR, 2013) e os eventos críticos (DAS, 1995) — que podem impulsionar rupturas biográficas (BURY, 1982) ou mudanças nos projetos de vida (VELHO, 2003) —, refletindo desde a descoberta da doença e seus processos terapêuticos até o acesso aos benefícios e direitos sociais para, assim, buscar perceber as distintas práticas terapêuticas desenvolvidas, visando processos de cura e “remissão”. Para tanto, realizei a investigação a partir de uma pesquisa de observação participante no ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário Onofre Lopes, local que atende à demanda do estado do Rio Grande do Norte. Também, por outra perspectiva, construí a pesquisa através de redes sociais, com o auxílio da metodologia bola de neve — também conhecida como snow ball —, localizando pessoas com AR através de amigos, conhecidos e das próprias interlocutoras — e através da investigação em ambientes virtuais, acessando grupos no Facebook e no Instagram que reúnem pessoas que vivem com AR, cuidadores e profissionais. Assim, concluí esta pesquisa com sete interlocutoras principais: Jasmim, Tulipa, Girassol, Margarida, Aroeira, Gloriosa e Orquídea, analisando seus processos diagnósticos, itinerários percorridos e as histórias de vida atravessadas pelos marcadores sociais da diferença — salientes de maneira particular em cada pessoa —, que possibilitaram compreender alguns pormenores das experiências com a artrite reumatoide.