Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Sanderson Molick |
Orientador(a): |
Almeida, João Marcos de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21193
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Resumo: |
A Tese de Suszko é uma posição filosófica acerca da natureza dos múltiplos valores-de-verdade. Formulada pelo lógico polonês Roman Suszko, durante a década de 1970, a tese defende a existência de “apenas dois valores-de-verdade”. Tal afirmação diz respeito à concepção de multi-valoração perpetrada pelo lógico Jan Łukasiewicz. Considerado um dos criadores das lógicas multi-valoradas, Łukasiewicz acrescentou, em adição aos valores fregeanos tradicionais de Verdade e Falsidade, um terceiro valor: o Indeterminado. Para ele, seu terceiro valor poderia ser visto como um passo além da dicotomia Aristotélica entre o ser e o não-ser. De acordo com Suszko, as ideias de Łukasiewicz sobre multi-valoração se baseavam em uma confusão entre valores algébricos (aquilo que é descrito/denotado por sentenças) e valores lógicos (verdade e falsidade). Assim, o terceiro valor-de-verdade criado por Łukasiewicz seria apenas um valor algébrico, isto é, uma possível denotação para uma sentença, mas não um valor lógico genuíno. A tese de Suszko encontra respaldo em um resultado formal conhecido hoje como Redução de Suszko, um teorema que afirma que toda lógica tarskiana pode ser caracterizada por uma semântica bivalente. Esta dissertação pretende ser uma investigação da tese de Suszko e de suas implicações. A primeira parte é dedicada às raízes históricas da multi-valoração e introduz as principais motivações de Suszko ao formular a distinção entre valores algébricos e valores lógicos, e assim revelar o caráter duplo dos valores-de-verdade. A segunda parte explora a Redução de Suszko e apresenta seus principais desenvolvimentos; as propriedades das semânticas bivalentes em comparação às semânticas multi-valoradas também são exploradas e discutidas. Por fim, a terceira parte investiga o conceito de valores lógicos dentro do contexto de noções não-tarskianas de consequência lógica; o significado da tese de Suszko dentro desses ambientes também é discutido. Mais ainda, os fundamentos filosóficos das noções de consequências não-tarskianas são discutidos à luz do debate recente sobre pluralismo lógico. |