Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Melo, Beatriz Pinheiro de |
Orientador(a): |
Lima, Fellipe Coelho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49951
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Resumo: |
Compreendido enquanto realidade global, a exploração do trabalho infantil se mostra um fato histórico que acompanha o desenvolvimento das sociedades e do mundo do trabalho, não sendo abandonada pelo atual estágio do capitalismo que se beneficia desta força de trabalho para sua constante reprodução. Nesse cenário, o tráfico de drogas configura um espaço de constante fluxo laboral para crianças e adolescentes, empregados na venda, transporte e até mesmo produção das drogas que abastecem o mercado nacional e mundial. O objetivo dessa pesquisa é analisar os sentidos do trabalho para adolescentes, em cumprimento de medida socioeducativa, explorados pelo tráfico de drogas. Para isso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, posteriormente transcritas na íntegra de 9 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa com algum histórico relacionado ao tráfico de drogas. A análise dos dados foi realizada por meio do método de núcleos de significação. Foram construídos 4 núcleos: 1. O tráfico como trabalho: Contradições do ser trabalhador; 2. Sexo, drogas e violência”: trabalho infantil, adultização e consumismo; 3. Violência como mediadora de conflitos no trabalho e fora dele; 4. O desejo de sair (ou não) do tráfico e os planos futuros: Trabalhar por dinheiro x trabalhar por prazer. Em um contexto de negação de direitos, o que que é combatido pelo Estado capitalista recebe atributos positivos na consciência dos jovens. Ao mesmo tempo que o tráfico é combatido pela sociedade, ele contribui enormemente à reprodução do capital, mesmo que, aparentemente, o Estado busque eliminá-lo. E essa contradição do sistema chega de forma também contraditória na consciência desses jovens, que tem no tráfico a fonte de sobrevivência, mas também a produção de morte. |