Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ayres, Adriana Soeiro de Farias Silva Junqueira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21159
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Resumo: |
As plantas medicinais constituem uma rica fonte de compostos biologicamente ativos com seu potencial terapêutico para o tratamento de diversos transtornos psiquiátricos, como os transtornos de ansiedade e depressão. O transtorno de ansiedade generalizada tem aumentado de forma significativa, sendo o segundo transtorno mais prevalente em locais de assistência à saúde pública. A depressão é considerada um transtorno psiquiátrico crônico e comum que afeta 350 milhões de indivíduos de todas as idades ao redor do mundo. Neste contexto as condutas de intervenção farmacológica que vêm sendo empregadas, embora eficazes, deixam a desejar, quando observados seus efeitos adversos. A Passiflora é uma variedade comumente conhecida comercialmente, mas também é usada na medicina tradicional brasileira. A Passiflora edulis exibe considerável variabilidade morfológica. Esta planta produz dois tipos de fruto: o roxo (P. edulis var. edulis) e o amarelo (P. edulis var. flavicarpa). O presente estudo investigou os efeitos centrais do extrato aquoso das folhas de duas variedades da espécie Passiflora edulis em testes comportamentais utilizados para avaliar comportamentos relacionados à ansiedade e depressão, bem como investigou o potencial efeito do tipo antidepressivo das subfrações da Passiflora edulis var. edulis e os mecanismos neurofarmacológicos responsáveis por essa ação. Para a realização desse estudo foram utilizados camundongos Swiss machos (2 meses de idade, pesando 30-35 g). Os animais receberam o extrato aquoso das folhas das duas espécies de Passiflora: Passiflora edulis Sims var. edulis (PEE - 100, 300, 1000 mg/Kg) e subfrações AcOet, BuOH e residual (25, 50, 75, 100 mg/Kg), e a P. edulis var. flavicarpa (PEF - 30, 100, 300, 1000 mg/Kg) ou solução salina, por gavagem, 60 minutos antes dos testes do labirinto em cruz elevado (LCE), teste de campo aberto (TCA), teste de natação forçada (TNF) e teste de sedação induzido por tiopental. Para investigar o mecanismo de ação da atividade do tipo antidepressiva das subfrações foram utilizadas as seguintes drogas: PCPA (inibidor da síntese de 5-HT), AMPT (inibidor da síntese de catecolaminas), DSP-4 (neurotoxina noradrenérgica) e Sulpiride (antagonista seletivo de receptor dopaminérgico D2). Foram utilizados como controle positivo padrão, a fluoxetina e a nortriptilina. Os resultados do perfil fitoquímico demonstram características bem distintas para o extrato aquoso das variedades de P. edulis “flavicarpa” e “edulis”. Os extratos aquosos de ambas as variedades de P. edulis compartilham atividade do tipo ansiolítica (PEE 300 mg/Kg; PEF 300 e 1000 mg/Kg) e antidepressiva (PEE 300 mg/Kg; PEF 1000 mg/Kg), enquanto o efeito hipolocomotor/sedativo só foi visto para a PEE (1000 mg/Kg). Ambas subfrações AcOet e BuOH do extrato aquoso da PEE apresentaram atividade do tipo antidepressiva na dose de 50 mg/Kg no TNF. Os dados sugerem que o efeito do tipo antidepressivo das subfrações da P. edulis envolve a neurotransmissão serotoninérgica e catecolaminérgica, principalmente dopaminérgica, haja visto que o pré-tratamento com DSP-4 não afetou a ação antidepressiva das subfrações, enquanto que mostrou ser dependente da ativação de receptores dopaminérgicos D2. |