Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ana Stela Pereira dos |
Orientador(a): |
Oliveira, Márcio Romeu Ribas de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA EM REDE NACIONAL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57276
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Resumo: |
Atividades relacionadas às Ginásticas de Conscientização Corporal são pouco discutidas e exploradas nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental, embora possam favorecer o autoconhecimento e propiciar reflexões críticas acerca do atual modelo econômico-social. Diante disso, o objetivo desta pesquisa foi refletir acerca de uma experiência pedagógica materializada no Ensino Fundamental II, junto à temática das Ginásticas de Conscientização Corporal. A pesquisa, de natureza aplicada com abordagem qualitativa, foi pautada em um conjunto de onze relatos de experiência descritivo-exploratório com duas turmas de nono ano em uma escola pública de Fortaleza, no Ceará. Dos 71 alunos(as) matriculados(as) nas duas turmas, 32 concordaram em terem suas percepções, entendimentos, produções e sugestões compartilhadas nesta pesquisa. Um diário de campo da professora-pesquisadora, registros fotográficos, formulários de aperfeiçoamento semanais, mais um conjunto de questionários respondidos pelos(as) alunos(as), foram utilizados como instrumentos de coleta de dados. Estes foram analisados de acordo com a proposta de Minayo (2007) para categorização de temática com pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados, inferência e interpretação das informações. Dentre os vários desafios observados na experiência, destacam-se os seguintes: a falta de um local silencioso, privativo com temperatura amena; materiais próprios de algumas ginásticas; livro didático para o aluno como um suporte de discussões em sala e em atividades para casa; a sobrecarga tensional da professora diante da ausência de gestores para uma regular dinâmica escolar; ausência de formação continuada, sobre o tema, oferecida pela escola; tempo insuficiente para o planejamento pedagógico; a insegurança da professora- -pesquisadora diante da pouca experiência com algumas das ginásticas; o barulho advindo da agitação dos(as) alunos(as); o desinteresse; o bullying entre alunos(as); dificuldades de concentração; nervosismo; preocupações extremas acerca do julgamento dos colegas e de questões familiares. O período menstrual das alunas também mostrou ser um pertinente obstáculo, seja por dor ou por receio de gerar situação desconcertante. E, por fim, a existência de um ambiente familiar e/ou comunitário ruidoso e não acolhedor que dificultou a realização de algumas atividades propostas para casa. Algumas potencialidades encontradas foram: o interesse demonstrado ao realizarem atividades diferenciadas, pouco ou nunca antes realizadas, relacionando-se com assuntos do cotidiano; a proposição de diferentes modos de avaliação de conhecimentos; o desenvolvimento da percepção de evoluções corporais e entendimentos acerca de como relacionar-se melhor uns com os outros; a utilização de recursos audiovisuais e textuais disponíveis gratuitamente na internet; a relação professora-aluno que facilitou o compartilhamento de modos de pensar, preferências, dificuldades, experiências e saberes; e, por fim, o acolhimento familiar junto às práticas corporais fora da escola, que fez com que estimulassem o autoconhecimento e propiciassem momentos afetivos. Ao final deste trabalho, entendi como é importante o engajamento e aprofundamento de outros(as) professores(as) na discussão da temática, a fim de que melhores experiências escolares possam ser desenvolvidas no futuro. |