Processos de inclusão escolar de estudantes com deficiência na perspectiva de suas mães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rabelo, Flávia Laryssa Gonzaga
Orientador(a): Magalhães, Rita de Cassia Barbosa Paiva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45779
Resumo: O presente estudo teve como objetivo analisar a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência na escola, evidenciando fatores envoltos nas relações entre mãe, criança e adolescente com deficiência e a escola. Para tal, definiu-se a abordagem do estudo como qualitativa, na qual recorreu-se à metodologia de história oral temática. Foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado com cinco mães de crianças e adolescentes com deficiência, e os resultados foram construídos por meio da Análise de Conteúdo de Bardin (2011). As categorias que emergiram nessa exploração foram: a) o impacto inicial do filho com deficiência na vida da mãe; b) a inclusão da criança e do adolescente com deficiência na escola. Os resultados apontaram que os contextos nos quais as mães estão inseridas e suas vivências pessoais influenciaram a forma como cada uma percebeu e se reorganizou ao descobrir a deficiência do filho, o que nem sempre fez com essa fosse atrelada a aspectos negativos. Sobre encontrar uma escola para seus filhos, apenas uma mãe não recebeu negativa de matrícula, mas foi comum o ato para com as outras mães e seus filhos, o que indica a persistência de práticas de exclusão escolar. Em relação às relações estabelecidas entre as crianças e os adolescentes com deficiência e a escola, as mães se mostraram satisfeitas com o aspecto de socialização, pois seus filhos conseguiram estabelecer boas relações, principalmente com seus pares. No entanto, essas demonstraram ter uma visão ampla da inclusão, não a reduzindo à socialização e assumindo uma posição de acompanhamento e cobrança com a escola quanto ao desenvolvimento da aprendizagem de seus filhos. A necessidade de flexibilização, o planejamento individualizado e uma avaliação diagnóstica que identifique os ganhos e as necessidades de aprendizagem se destacaram entre as demandas das mães. Concluiu-se que a situação de privilégio socioeconômico e a alta escolaridade das mães podem estar relacionadas com uma maior participação política na busca pelos direitos de seus filhos, à mobilização das redes sociais de apoio às quais fazem parte, e à participação e cobranças ativas nas escolas de seus filhos.