Efeitos de um programa de exercícios em uma plataforma vibratória no desempenho neuromuscular e controle postural de idosos sedentários: ensaio controlado randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Borges, Daniel Tezoni
Orientador(a): Brasileiro, Jamilson Simões
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27202
Resumo: Introdução: O declínio do desempenho neuromuscular relacionada ao envelhecimento afeta negativamente a funcionalidade e contribui para a fragilidade e a incapacidade em idosos. A falta de adesão aos exercícios de força acaba por potencializar os déficits nessa população. Os exercícios em plataformas vibratórias são uma alternativa para potencializar os efeitos do exercício. No entanto, seus possíveis benefícios ainda não estão claros. Objetivo: Analisar os efeitos de um programa de exercícios de 8 semanas na plataforma vibratória sobre o desempenho neuromuscular e funcional dos membros inferiores, e controle postural de idosos sedentários. Metodologia: Um ensaio controlado randomizado foi realizado com 35 idosos (68,5 ± 2,6 anos) sedentários porém saudáveis de ambos os sexos. Todos completaram inicialmente uma avaliação do desempenho isocinético dos músculos extensores do joelho e flexores plantares; a atividade eletromiográfica dos músculos vasto lateral e sóleo foi medida, a oscilação do centro de pressão foi analisada por meio da baropodometria, e a função dos membros inferiores foi avaliada por meio do Timed Up and Go test. Após a avaliação inicial os voluntários foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos: grupo placebo (exercício com a plataforma desligada) e grupo experimental (exercício com a plataforma ligada numa frequência de 50 Hz e amplitude pico a pico de 4 mm). Ambos os grupos participaram de um programa de exercícios na plataforma, composto por um semiagachamento bipodal isométrico a 40º de flexão de joelho, com 4 séries de 90s, com intervalo de repouso de 1 minuto. Após a quarta e oitava semanas de treinamento, os voluntários foram submetidos às novas avaliações utilizando-se os mesmos procedimentos da avaliação inicial. Para análise da normalidade dos dados foi usado o teste de Kolmogorov-Smirnov e para testar diferenças entre os grupos utilizou-se um teste “t” para amostras independentes. Para as comparações intra e intergrupo foi usada uma ANOVA 2x3 de modelo misto. Resultados: Foi observada uma menor amplitude (p<0,01) e na velocidade (p= 0,01) de oscilação antero-posterior para o grupo experimental após 8 semanas de treinamento quando comparado ao grupo placebo, no entanto sem diferenças em relação à linha de base. Em relação ao desempenho isocinético, houve um aumento do pico de torque normalizado e da potência média em ambos os grupos, sem diferenças entre eles. Não foi observada diferença significativa na atividade eletromiográfica dos músculos Vasto Lateral e Sóleo e nem no tempo de realização do TUG. Conclusão: O programa de exercício de 8 semanas na plataforma vibratória promove uma redução da oscilação postural em idosos saudáveis. Entretanto, a melhora no desempenho isocinético observada se deu em função do exercício realizado, independentemente da plataforma estar ligada ou não.