Influência da via hippo em carcinomas de células escamosas de língua oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Torres, Ondina Karla Mousinho Rocha
Orientador(a): Miguel, Marcia Cristina da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51987
Resumo: O carcinoma de células escamosas de língua oral (CCELO) apresenta altas taxas de morbidade e mortalidade. Apesar dos progressos alcançados nesta área, os pesquisadores continuam em busca de biomarcadores moleculares que tenham valor preditivo no prognóstico dos pacientes e que possibilitem o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Neste contexto, várias pesquisas têm destacado o papel da via Hippo com esta finalidade. Portanto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar se as proteínas relacionadas à Via Hippo, LATS2 e YAP1, exercem alguma influência sobre o comportamento biológico dos CCELOs. A amostra foi constituída por 26 casos de CCELO e 8 casos de mucosa oral normal como controle. Para avaliar a morfologia dos CCELOs foram utilizadas as gradações propostas pela OMS (2005) e por Almangush et al. (2014). O perfil imunoistoquímico de LATS2 e YAP1 foi avaliado por escores (0-3), com base na sua imunoexpressão em localização intracelular (núcleo e/ou citoplasma) e distribuição epitelial. Para a análise entre os parâmetros estudados foram realizados os testes estatísticos Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher. A análise de sobrevida foi realizada através do método de Kaplan Meier e do teste log-rank. Para todas as avaliações foram considerados valores significativos com p<0,05. Foi observada alta expressão da LATS2 tanto em mucosa oral normal (100%) quanto na maioria dos CCELOs (73,1%), sem diferença estatística significativa (p=0,160). Foi possível evidenciar o aumento da imunoexpressão da YAP nos casos de CCELO em comparação à mucosa oral normal (p<0,001). Verificou-se ainda que a baixa expressão da LATS2 foi associada com menores taxas de sobrevida livre da doença (p=0,039). Além disso, constatou-se que a elevada expressão da YAP foi associada à classificação de alto risco do modelo BD (p=0,034), sugerindo que a imunoexpressão desta proteína pode estar associada a TEM e invasão celular em CCELO. A elevada expressão de ambas as proteínas, na maioria dos CCELOs, sugere que outras vias de sinalização, além da regulação através da LATS2, podem estar induzindo a expressão nuclear de YAP nestes tumores. Portanto, conclui-se que a via Hippo pode influenciar o comportamento biológico dos CCELOs.