O jornalista e o coronel: colunas policiais no jornalismo da Sobral dos anos 1920

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Furtado, Francisco de Sousa
Orientador(a): Lima, Jailma Maria de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - CERES
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57580
Resumo: O Sertão não pode ser enxergado apenas como um espaço. Esta é uma noção muito restrita e simplista do que ele realmente é. O Sertão é a relação humana, é a comunidade, é um espaço de práticas de poder. É neste sentido que precisamos observar as práticas que constroem este espaço. A seca, mesmo trazendo perdas econômicas e mazelas, também resulta em modernização do espaço, é aí que encontramos manifestações vivas de expressão humana através da escrita e da publicação de periódicos de cunho político, recheado de críticas e sentimentos de época. No Sertão Norte do Ceará, na pequena e opulente cidade de Sobral, encontramos um jornal bem ácido e vivaz, que perdurou de 1914 a 1924. Tempo necessário para conquistar aliados e ganhar muitos inimigos, também. Este trabalho visa estudar as relações entre o jornalista Deolindo Barreto Lima, editor do jornal A Lucta, e o coronel Francisco de Almeida Monte, observando os seus feitos e a forma como eram descritos, sem deixar de lado os crimes e críticas de um para com o outro, tendo o periódico como fonte central. Esta é uma trama intrigante, cheia de acusações e poucos caminhos e é aí que a pesquisa documental em periódicos, disponíveis em arquivos físicos ou digitais, se fazem necessários, sem deixar de lado crônicas romancistas ou escritos memorialistas. Nessas leituras não é difícil encontrar textos carregadas de sentimentos e críticas, levando, facilmente a questionar se a visão que um tinha do outro era mesmo objetiva. Essa objetividade construiu um personagem com características que só existe na mente de quem descreveu, fazendo necessário analisar profundamente aquilo o que foi dito, a fim de compreender se essa construção se aproxima, ou não, de algo ficcional, imaginativo ou, mesmo, real.