Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Holanda, Juliana Sampaio Pedroso de |
Orientador(a): |
Costa, Luciana Miranda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51310
|
Resumo: |
Esta tese explora a cobertura da mídia brasileira sobre desenvolvimento sustentável e analisa a conexão entre representação midiática e proteção ambiental no Brasil. Investiga-se como os jornais brasileiros de circulação nacional Folha de S. Paulo e O Globo cobriram e desenvolveram o conceito de desenvolvimento sustentável no Brasil entre 1992 e 2012. O período escolhido para esta pesquisa compreende a ocorrência de duas conferências internacionais na cidade do Rio de Janeiro: a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), em 1992, e a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em 2012. O período é significativo, visto que analisar os modos como esses grandes jornais nacionais cobriram uma ampla gama de temas relacionados ao desenvolvimento sustentável durante e entre esses importantes eventos ambientais pode revelar padrões sobre as preocupações ambientais no Brasil, tanto em percepções oficiais quanto em percepções públicas. Para compreender como a mídia desempenha uma função no cultivo de tais percepções, a tese utiliza temática textual e análise de conteúdo, com base nos princípios da Análise Crítica do Discurso como principal abordagem metodológica. Ao analisar 240 textos publicados em 20 anos, o estudo demonstra como essas publicações posicionam a integração dos princípios da sustentabilidade e do desenvolvimento. A análise revela que a cobertura produzida pela Folha de S. Paulo e O Globo concentrou-se em questões econômicas e frequentemente ignorou ou subestimou os impactos do desenvolvimento ambiental sustentável. Apesar de reconhecer esforços intermitentes para promover a conscientização ambiental no Brasil, o estudo identifica falhas de cobertura, falta de contextualização, superficialidade, informações ausentes ou imprecisas e estratégias de greenwashing como as vertentes dominantes que moldam essa cobertura midiática. A tese conclui que os princípios do desenvolvimento sustentável foram distorcidos pela cobertura midiática brasileira, pois ao invés de promover seu potencial alinhando-o às atividades da Rio92 e Rio+20, a mídia jornalística foi a amplamente responsável por disseminar a desinformação no Brasil. |