O uso dos descritores no ensino de leitura: uma proposta de intervenção pedagógica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Vieira, Luciene de Fátima Dantas
Orientador(a): Azevedo, Josilete Alves Moreira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS - PROFLETRAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23487
Resumo: Ler e compreender são duas habilidades que convergem para uma terceira: a de interpretar. Sem dúvida, tais capacidades são complementares e indissociáveis para a competência leitora que todo professor espera ver bem desenvolvida em seu educando. Sob esse ponto de vista, saber ler impulsiona a informação à reflexão crítica sobre os fatos e para saber posicionar-se diante deles. No entanto, para a aquisição dessa finalidade, compreender o texto e a intenção comunicativa do autor não é tarefa tão fácil e requer a execução de procedimentos que vão além do decodificar palavras, pois necessita, também, de desvendar outros elementos explícitos e/ou implícitos presentes no texto e que sem a sua compreensão, a leitura proficiente torna-se limitada. Nessa perspectiva, traçamos como objetivo geral investigar a competência leitora dos alunos de uma turma de 9º ano, de uma escola estadual do município de Currais Novos/RN a partir do uso dos descritores propostos na Matriz de Referência de Língua Portuguesa. Como finalidades mais específicas, propomos identificar as dificuldades dos alunos nas práticas leitoras e intervir, pedagogicamente, para incentivar e contribuir para o desenvolvimento dessa competência utilizando os referidos descritores como estratégias de leitura dos gêneros discursivos notícia e tirinha. Esta investigação insere-se no âmbito da Pesquisa Ação, cujos aportes teóricos firmaram-se na concepção de gêneros, enquanto práticas sociais discursivas, tendo em Bakhtin ([1992] 2006, 2011), os fundamentos para o trabalho com a língua enquanto realidade social, numa perspectiva interacional. Ao que se refere às estratégias de leitura e compreensão buscou-se os estudos desenvolvidos por Leffa (1996), Solé (1998), Kleiman (2000, 2007), Koch e Elias (2006), Oliveira (2010); a elaboração das sequências didáticas organizou-se a partir de Schneuwly e Dolz (2004), além de adotar as orientações sobre o ensino de Língua Portuguesa, contidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), assim como autores como Riolfi (2008), Oliveira (2010), Suassuna (1995), dentre outros. Os resultados obtidos apontaram para avanços significativos no que se refere ao aprimoramento das habilidades de leitura dos alunos envolvidos, indicando que o uso dos descritores como uma proposta de trabalho pedagógico favoreceu o desempenho dos alunos nas atividades de leitura. Outro aspecto sinalizado foi a contribuição do estudo dos gêneros através das sequências didáticas para a formação do leitor enquanto sujeito reflexivo, uma vez que as estratégias de leitura utilizadas provocaram no aluno-leitor uma mobilização de saberes para a leitura autônoma e crítica dos textos lidos.