Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Batista, Lucas Abrantes |
Orientador(a): |
Câmara, Antônia Cláudia Jácome da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52689
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Resumo: |
Os tripanosomatídeos são protozoários uniflagelados do subgrupo Kinetoplastea que agrupam diferentes agentes patogênicos, como espécies dos gêneros Trypanosoma e Leishmania, e que se adaptaram a vários hospedeiros. O presente estudo teve como objetivo identificar a infecção natural por Trypanosoma cruzi e Leishmania spp. em diferentes espécies de animais domesticados do estado Rio Grande do Norte, Brasil. Amostras de sangue total foram coletadas de 206 animais de áreas rurais de municípios das mesorregiões Oeste, Central e Agreste e outras quatro amostras de aspirado de medula óssea e linfonodo de cães de zona urbana do do município de Natal, mesorregião Leste. As amostras de sangue total foram adicionadas em guanidina HCl+EDTA pH 8,0 e os aspirados de linfonodo e medula óssea de cães para cultura de Leishmania spp., em meio Schneider, NNN suplementado com 10% de soro bovino fetal. O DNA das amostras de sangue e da massa de parasitos obtidas de cultura foi submetido a três ensaios de PCR com diferentes marcadores moleculares: 18S (SSU) rRNA, que detecta Trypanosoma spp. e Leishmania spp., kDNA para detecção do T. cruzi e HSP70 para detecção de Leishmania spp. O DNA dos tripanosomatídeos amplificados pela PCR do 18S foi observado em 78,1% (164/210) das amostras, com maior distribuição de amostras positivas na mesorregião Agreste, com 79,3% (23/29), sendo os maiores percentuais de positividade observados em Ovis aries com 82,4% (14/17), Canis familiaris 75,0% (3/4) e Capra hircus 66,7% (4/6). Do mesmo modo, a amplificação do kDNA do T. cruzi foi observado em 46,2% (97/210) das amostras, também com maior distribuição de amostras positivas na mesorregião Agreste, com 44,8% (13/29), com destaque para C. familiaris com 75,0% (3/4), C. hircus com 50,0% (3/6) e O. aries com 23,5% (4/17). Amostras positivas em ambas as PCRs, 18S e kDNA, foram observadas em todas as ordens de animais com destaque para C. familiaris (43/106), Equus caballus (6/14) e Bos taurus (3/6). A PCR da HSP70 de Leishmania spp. amplificou DNA em todas as amostras de cultura de cães de zona urbana e não foi observada em amostras de sangue total da zona rural. Os DNAs amplificados no 18S de quatro amostras de cães, sendo três da zona urbana de Natal e um da zona rural de Campo Grande, resultaram em eletroferogramas de boa qualidade. Essas sequências foram comparadas com sequências depositadas no GenBank que revelaram semelhança com DNA do T. cruzi em um cão de zona rural e a L. infantum em três cães de zona urbana. Estes resultados revelaram elevado número e diversidade de animais domesticados infectados, reforçando a importância de conhecer melhor os ciclos de manutenção dos parasitos próximos às moradias humanas. |