Takiná - Organização de Mulheres Indígenas do Estado de Mato Grosso: histórico, desafios e perspectivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fiorini, Rochele
Orientador(a): Knox, Winifred
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS URBANOS E REGIONAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/41539
Resumo: A pesquisa desenvolvida teve como foco a primeira organização de mulheres indígenas, criada em 2009, no Estado de Mato Grosso, chamada Takiná, composta por mais de cem mulheres de 43 etnias e divididas em sete regionais. O tema da dissertação de mestrado é a organização e gestão adotadas pelas mulheres indígenas articuladas à questão de gênero na organização social indígena estudada. A investigação se dá sobre o processo de criação, sua história, problemas e gestão, trazendo problematizações e o apontamento de dificuldades que as mulheres indígenas enfrentam. Isso envolve a própria questão de gênero, as relações com o governo, a incidência em políticas públicas e as relações com atores do terceiro setor neste contexto. A metodologia utilizada tem uma abordagem etnográfica junto à associação, situada em Cuiabá, em Mato Grosso, através da observação participante durante as reuniões e encontros nos quais as mulheres estavam presentes, utilizando entrevistas semidirecionadas ou abertas com as associadas, além de pesquisas documentais e bibliográficas. A reflexão teórica possibilita um debate que coloca questões sobre o movimento indígena e de gênero relativo às mulheres indígenas, assim como o debate sobre a gestão social e dos direitos indígenas. Com isso, identificam-se as principais motivações que as mulheres tiveram ao criar a organização indígena estadual, refletindo sobre as formas que lançam mão para o enfrentamento e luta por seus direitos em contexto político não favorável. A pesquisa, ainda, se dedica à compreensão das principais demandas e dificuldades de implementação de políticas públicas a serviços dos direitos coletivos indígenas.