Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Costa, Marcos Romualdo |
Orientador(a): |
Pereira, Cecília Hedin |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24238
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Resumo: |
Ao longo do desenvolvimento, as células neuroepiteliais do telencéfalo dividemse originando progenitores responsáveis pela geração sequencial dos diferentes tipos de neurônios, astrócitos e oligodendrócitos do córtex cerebral. Até o presente, os progenitores telencefálicos estariam localizados nas zonas ventricular (ZV) e subventricular (ZSV). Sua posição ao longo dos eixos dorsoventral e rostro-caudal é relacionada com territórios gênicos e tipos celulares específicos. Desta forma, observa-se a geração de neurônios corticais glutamatérgicos ou GABAérgicos na ZV e ZSV do telencéfalo dorsal e ventral de roedores, respectivamente. Neste trabalho investigamos o potencial proliferativo in vivo e in vitro da zona marginal (ZM), conhecida por possuir neurônios migratórios e diferenciados durante a corticogênese. Determinamos o fenótipo de células proliferativas da ZM e através de análise clonal utilizando infecção por retrovirus contendo o gene para GFP (proteína flourescente verde) acompanhamos as linhagens derivadas destes progenitores in vitro. Células proliferativas in vivo foram marcadas através da administração do BrdU (bromodeoxiuridina, marcador da fase S do ciclo celular), combinada a ensaios imunohistoquímicos para a identificação deste antígeno e da forma fosforilada da histona 3 (expressa no final da fase G2 e durante a fase M do ciclo celular). Identificamos células proliferativas na ZM de camundongos a partir do dia embrinonário 14 (E14 - logo após a divisão da pré-placa quando a ZM se torna distinguível) e por toda a corticogênese com um aumento na proporcão de células proliferativas de ~três vezes em E18. As células proliferativas na ZM não expressam Pax6 ou Tbr2, fatores transcricionais característicos dos precursores da ZV e ZSV respectivamente. Ao longo da corticogênese, esta população precursora apresenta um padrão de expressão do fator transcricional Olig2 seguindo um gradiente látero-medial, de modo que no período perinatal todas as células proliferativas na zona marginal expressam o gene olig2. A análise das linhagens clonais geradas a partir destes precursores revelou um elevado potencial gliogênico (~70% de clones gliais puros) quando comparado a ZV /ZSV (3,3%). Além disso, a ZM apresentou um significativo potencial neurogênico, originando cerca de 30% de clones contendo neurônios. Mostramos que os clones gliais puros da ZM são significativamente maiores que os da ZV. Concluímos, portanto, que a ZM dorsal é um nicho neurogênico e gliogênico no córtex cerebral em desenvolvimento apresentando células proliferativas in vivo e in vitro com características fenotípicas distintas dos progenitores da ZV e ZSV. Através de estudos de linhagem clonal in vitro, demonstramos diferentes comportamentos proliferativos e potenciais neuro-gliogênicos das células isoladas da ZM e da ZV/ZSV, indicando a existência de um novo tipo de progenitor no telencéfalo. |