Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Cinthya Montenegro de Vasconcelos |
Orientador(a): |
Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21583
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Resumo: |
A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa e progressiva com espectro clínico variado. Além dos sintomas motores clássicos também podem surgir complicações não-motoras, destacando-se aí problemas cognitivos, psiquiátricos e autonômicos. Evidências demonstram que tais sintomas não-motores frequentemente precedem o aparecimento dos sinais motores e são extremamente relevantes, dado o impacto negativo que causam na qualidade de vida dos indivíduos. Os sintomas não-motores podem apresentar múltiplas causas, dentre as quais uma possível disfunção do sistema circadiano. Dessa forma, diversos processos fisiológicos influenciados pelo sistema de temporização circadiano (STC), como o ciclo sono/vigília podem se mostrar alterados em pacientes acometidos pela DP. O STC é responsável pela geração e manutenção dos ritmos circadianos, que são oscilações endógenas manifestadas pelos seres vivos em diversos processos fisiológicos e comportamentais, com período em torno de 24 horas. Assim, é fundamental a compreensão dos efeitos da progressão do processo patogênico da DP sobre o perfil circadiano do ciclo sono/vigília e também de componentes do STC, em particular no núcleo supraquiasmático (NSQ), o principal marcapasso do sistema. No presente estudo, ratos wistar jovens (6 meses) e de meia-idade (10 meses) foram submetidos a um modelo animal crônico de DP com administração de reserpina durante 20 dias. Ao longo do tratamento foram realizadas análises comportamentais do sono, bem como a avaliação motora dos animais. Após o fim do tratamento, foram realizadas análises imunoistoquímicas no NSQ dos animais. Nossos resultados mostraram que o tratamento crônico com reserpina promoveu comprometimento motor progressivo tanto nos animais jovens quanto nos de meia-idade. Além disso, as análises comportamentais revelaram perturbações no ciclo sono/vigília dos animais tratados em comparação aos indivíduos controle, incluindo avanço na fase de sono e aumento na fragmentação do sono. As análises imunistoquímicas não permitiram observar efeitos significativos do tratamento com reserpina sobre a composição neuroquímica do NSQ, contudo novos estudos são necessários para a avaliação neuroquímica e morfométrica desse importante marcapasso circadiano na DP. |