Avaliação da estabilidade oxidativa e determinação da cinética de oxidação de óleos vegetais, ácido oleico e biodiesel utilizando o método PetroOXY (ASTM D7545)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Machado, Yguatyara de Luna
Orientador(a): Dantas, Tereza Neuma de Castro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21671
Resumo: A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis tem como principal missão regulamentar e especificar toda a produção e comercialização do biodiesel produzido em território nacional. Para a sua comercialização é necessário que o biodiesel passe por um controle rígido de qualidade, bem como esteja devidamente especificado pelas principais normas. A estabilidade oxidativa que é um dos parâmetros incluso pela norma européia EN 14214 vem adquirindo cada vez mais espaço em pesquisas por estar intrinsecamente relacionada à qualidade do biodiesel. Biodiesel é uma mistura de ésteres alquílicos de ácidos graxos obtido, convencionalmente, através da reação de transesterificação de um óleo vegetal ou gordura animal. No entanto, a natureza da matéria-prima a qual lhe dará origem é um dos fatores determinantes em seu grau de estabilidade, visto que por apresentarem insaturações em número e em distintas posições os tornam susceptíveis ao ataque do oxigênio atmosférico e a condições de elevadas temperaturas proporcionando, assim, a sua degradação. Uma das principais problemáticas enfrentadas, atualmente, pela indústria de biodiesel provém da sua baixa estabilidade levando a uma diminuição de sua qualidade por longos períodos de armazenamento sendo necessária a aplicação de antioxidantes. Nesta tese, um estudo cinético experimental baseado no consumo de diferentes antioxidantes sintéticos adicionados em distintas concentrações foi realizado com amostras de óleos vegetais de moringa (Moringa oleifera) e de maracujá (Passiflora edulis), ácido oléico estocado (AO) durante seis e dezoito meses e biodiesel de soja (Glycine max L.) e girassol (Helianthus annuus) em diferentes temperaturas, a uma pressão de oxigênio puro a 700 kPa, utilizando a metodologia ASTM D7545 (PetroOXY). O modelo de primeira ordem obtido para o óleo de moringa, amostras de ácido oléico estocado (AO) e biodiesel de soja permitiu obter informações a respeito de parâmetros, tais como: concentração crítica e concentração de antioxidante natural inerente à amostra avaliada , informando que o último não exerceu influência, a não ser inicialmente, no processo oxidativo das mesmas. Enquanto, o parâmetro determinado para o modelo de ordem zero para as amostras de óleo de maracujá e girassol relacionou-se a diferentes reatividades da matéria-prima. A estabilidade das amostras determinadas pela entalpia de ativação (ΔHA) deu-se na seguinte ordem: ΔHA (óleo de moringa) > ΔHA (óleo de maracujá); ΔHA (AO 6 meses) ΔHA (AO 18 meses) e ΔHA (biodiesel de soja) > ΔHA (biodiesel de girassol). Fatores de estabilização desempenharam diferentes papéis na estabilização dos sistemas estudados. Concentração de antioxidante e temperatura mostraram distintas influências, no processo oxidativo, para as amostras de óleos vegetais e ácido oléico estocadas (AO) acompanhadas pelos seus índices de acidez.