Habilidades de vidas frente à sexualidade do adolescente: um estudo representacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Henrique, Senei da Rocha
Orientador(a): Miranda, Francisco Arnoldo Nunes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL RIO GRANDE DO NORTE
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM STRICTU SENSU
Departamento: Departamento de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28492
Resumo: Observando o processo de adolescer e as inquietações relacionadas à vivência da sexualidade, este estudo trata de uma pesquisa descritiva, exploratória e representacional. O objeto configura a maneira como o adolescente representa socialmente sua sexualidade e como a vivencia. Desse modo, objetivamos apreender as representações sociais do adolescente sobre sua sexualidade, a partir das habilidades de vida. Traçarmos como objetivos específicos: 1- Descrever valores, tabus e preconceitos em relação à sexualidade na adolescência; 2- Identificar o conhecimento sobre o uso dos métodos contraceptivos, DSTs e as condições de risco; 3- Identificar as habilidades dos adolescentes no que concerne à vivência da sexualidade. Para tanto, utilizamos para a coleta de dados entrevista semiestruturada e entrevista grupo focal. Participaram do estudo 13 adolescentes, sendo sete do gênero feminino e seis do gênero masculino, estando estes frequentando a Educação de Jovens e Adultos (E.J.A) de duas escolas do Município de Jandaíra, localizado no Rio Grande do Norte, situado na região do Mato Grande, a 120km de Natal, sendo uma escola municipal e outra estadual. Como resultados, observamos a coexistência de diversas dúvidas sobre sexualidade, ocorrência de gravidez devido ao uso inadequado de pílulas anticoncepcionais, conhecimento mínimo sobre os métodos contraceptivos, pouca ou nenhuma procura dos serviços de saúde, possivelmente devido a tabus culturais, escassez ou inexistência de diálogo intrafamiliar sobre questões referentes à sexualidade, déficit de autocuidado, dentre outros fatores. Preocupantemente, além destes, os adolescentes de ambos os gêneros demonstraram pouco conhecimento sobre DSTs, apesar de reconhecerem a importância da camisinha na prevenção da gonorreia e aids. Percebemos a necessidade de serem trabalhadas as habilidades de vida, onde a cognitiva pode ser intensificada por intermédio da disponibilidade de mais informações a partir da visão que o adolescente tem de seu próprio corpo para, então, discutir questões referentes a sexualidade. Quanto à habilidade social, é fundamental a participação dos pais no contexto escolar, para que juntamente com professores e profissionais de saúde possam construir ressignificações sobre fatores de proteção para a saúde dos adolescentes, fortalecendoassimodialogofamiliar,oqualexerceforteinfluêncianatomadadeposiçãodos adolescentes. Por fim, a habilidade no controle de emoções deve ser reforçada quando da participação dos adolescentes, já que são exemplos multiplicadores de informações e participação em ações diversas junto ao setor saúde e ao setor educação. Para tanto, consideramos primordial o desenvolvimento de ações intersetoriais entre saúde e educação, com vistas à promoção da saúde do adolescente por entendermos que o profissional enfermeiro exerce forte influência sobre a articulação dessas atividades.