Aspectos químicos de águas e sedimentos em corpos hídricos superficiais nos rios Guajiru e do Mudo, Bacia Hidrográfica do Rio Doce/RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Damasceno, Micael Batista
Orientador(a): Souza, Raquel Franco de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA REGIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE - PRODEMA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26299
Resumo: A Bacia Hidrográfica do rio Doce contém os tributários rio do Mudo e rio Guajiru, que formam o rio Doce. É uma das principais bacias do Litoral Oriental do Estado do Rio Grande do Norte, tendo em vista ser responsável pela implantação da lagoa de Extremoz, a qual abastece parte da região metropolitana de Natal/RN. A bacia vem sofrendo ao longo dos anos intensa pressão por parte da ocupação humana e industrialização na região. Parte da região das nascentes compõe-se por rochas do embasamento Pré-cambriano (e.g. granitos e gnaisses graníticos), predominando no restante rochas sedimentares da Formação Barreiras e materiais Quaternários. Foram estabelecidos oito pontos de amostragens no alto e médio curso das sub-bacias do rio do Mudo e rio Guajiru, onde coletou-se água e sedimentos de corpos de água superficiais entre julho e agosto de 2016, com o objetivo de classificar hidroquimicamente as águas, correlacionar suas características com os aspectos litológicos, bem como avaliar a qualidade das águas e sedimentos. Para tanto observou-se o que é preconizado na legislação brasileira pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde. As amostras do rio do Mudo se mostraram com qualidade inadequada para abastecimento humano de acordo com as normativas citadas, sendo indicado seu uso para dessedentação animal. As amostras do rio Guajiru apresentam qualidade melhor, algumas sendo indicadas para o consumo humano, desde que submetidas a tratamento. Para a classificação hidroquímica se utilizou o software Qualigraf. O diagrama de Piper classificou as amostras predominantemente como cloretadas sódicas. Os diagramas de Stiff e Radiais mostram agrupamentos das amostras, tendo relacionamento genético com as regiões de nascente. A partir dos STDs as amostras foram classificadas predominantemente como salgadas e salobras. As razões iônicas caracterizaram águas associadas a rochas cristalinas gnáissicas e graníticas. Para os sedimentos foram analisados os elementos maiores, menores, enxofre, carbonato, matéria orgânica e perda ao fogo. Os sedimentos apresentam granulometria predominantemente arenosa. Os metais pesados possuem uma boa correlação com a fração mais fina dos sedimentos. O carbonato, matéria orgânica e perda ao fogo apresentaram boa correlação. A alta salinidade e contaminação natural por metais das águas superficiais e sedimentos alertam para a necessidade de precauções quanto ao consumo das mesmas pelas populações que residem na área de estudo.