A ideia de justiça no comunismo pós-marxista radical: a dialética da criança e do homem cuja orelha cresceu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bullio, Lucas Wallace Ferreira dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25310
Resumo: Analisa a necessidade da subtração da Justiça do Estado capitalista a fim de realizar estudo no que tange à Ideia de Justiça na Hipótese Comunista, baseado no pós-marxismo radical, principalmente, de Žižek e Badiou. Paralelo à temática, utiliza o conto "Homem Cuja Orelha Cresceu", de Ignácio de Loyola Brandão, para discutir a dialética presente entre as personagens. O método aplicado é o materialista dialético, cujo referencial bibliográfico permeia tanto leituras jurídicas quanto filosóficas, partindo da crítica ao Direito, especificamente, acerca do papel da Justiça no Estado, e a participação do constitucionalismo na defesa do Capital, bem como a visão de que a Justiça pode ser contra o Direito e contra o Estado. O recorte pós-marxista radical foi utilizado para definir o Comunismo, inserto na contemporaneidade. Por fim, o estudo desenvolve-se para pensar um projeto de esquerda associado à Ideia de Justiça no Comunismo. Observa-se que a relação entre justo e injusto contemporâneo é crucial para pensar o projeto de sociedade que temos e por qual devemos lutar. A contradição observada, sob a ótica da crítica zizekiana, demonstra que a esquerda não pode se deixar levar pelo fetiche do Estado Social ou do Estado Socialista, a estratégia perpassa a negação da própria estrutura que institui as bases estatais. A Ideia de Justiça no Comunismo oportuniza a transformação das pessoas excluídas em sujeitos anticapitalistas e antijurídicos, em sujeitos sociais, ao invés de sujeitos de direito, capazes de existir em prol de um projeto marxista, contra a exploração da pessoa pelos meios de produção para a obtenção do lucro de outrem.