Do outro lado do Atlântico Sul: negociações identitárias de estudantes de origem africana da UFRN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Varela, Gabriely Nascimento
Orientador(a): Navia, Ângela Mercedes Facundo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52087
Resumo: Essa dissertação é fruto de uma pesquisa realizada através de diálogos viabilizados por meio de vídeos chamada com 9 estudantes de origem africana, que estudam ou estudaram na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mais precisamente na cidade de Natal. Esses diálogos foram mediados por dois questionários semiestruturados, tendo como objetivo principal investigar como se dão as construções e negociações identitárias desses sujeitos a partir da sua chegada ao Brasil. Assim como indagar pelos efeitos desses deslocamentos geográficos em sua autopercepção, em termos sociais, culturais e subjetivos fora de seus países de origem. Os interlocutores da pesquisa são oriundos de diversos países do continente africano, jovens que possuem entre 21 e 32 anos de idade e que escolheram o Brasil para realizar sua capacitação profissional, dando início ou continuidade à vida acadêmica. Busco refletir sobre como acontece o processo de se perceberem enquanto negras/os em um país marcado por quase quatrocentos anos de escravidão e que se estrutura na base no racismo: sendo a cor da pele e os traços corporais uma das principais marcas que propiciam exclusões, desigualdades econômicas/sociais e de maneira geral tratamentos diferenciados pelo conjunto da sociedade. Assim, esse trabalho busca contribuir com reflexões acerca da temática das identidades, compreendendo que elas são construções sociais mediadas por tensionamentos e conflitos, que utilizam recursos da história, da linguagem e da cultura para a produção daquilo que nos tornamos. Sem essencializações, mas de maneira estratégica e posicional.