Análise e estimativa de inventários de emissões veiculares no estado do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Simões, Josielli Batista
Orientador(a): Hoelzemann, Judith Johanna
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CLIMÁTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28432
Resumo: A qualidade do ar em uma determinada região é definida por uma combinação de condições meteorológicas e emissões locais. O crescente número das fontes de emissão de poluentes ocasiona impactos tanto no clima quanto na saúde humana e no meio ambiente. Uma maneira de avaliar as características do fluxo desses poluentes é por meio do uso de inventários de emissões, ferramentas que quantificam as taxas de emissão de diversas fontes, servindo como base para avaliar a química atmosférica e para a gestão da qualidade do ar de uma região. No Brasil muitos estados necessitam de estudos que caracterizem a química da atmosfera local, principalmente a Região Nordeste (NEB) que possui grandes centros urbanos em expansão e que não possui estudos deste tipo. Neste contexto, o objetivo desse estudo foi elaborar um diagnóstico das emissões atmosféricas por fontes veiculares no estado do Rio Grande do Norte (RN). Inicialmente, pela primeira vez, as emissões geradas pelo inventário global Emission Database for Global Atmospheric Research (EDGAR) foram avaliadas para o estado por meio do modulo de emissões do modelo químico atmosférico European Air Pollution Dispersion – Inverse Model (EURADIM). A adaptação do inventário EDGAR foi realizada e os dados foram processados no formato necessário para as estimativas, focando no setor de transporte rodoviário. Em seguida, geraram-se mapas de emissão para a região, identificando as principais cidades e as principais rotas de tráfego veicular, de modo a verificar a acurácia da distribuição espacial das mesmas, ou seja, avaliar se o inventário representou as diferentes fontes de emissão de maneira correta. Além disso, uma abordagem Top-Down foi realizada com o modelo de emissões veiculares VEIN, onde pode-se também avaliar as fontes por tipo de veículo, combustível e idade da frota. O poluente de maior magnitude foi o CO (23.789 t.a1 ), seguido pelo NOx (11.485 t.a-1 ), HCNM (3.359 t.a-1 ), PM (501 t.a-1 ) e por último SOx (384 t.a-1 ). Verificou-se que veículos leves como automóveis e motocicletas são os principais responsáveis pelas emissões de monóxido de carbono (CO). Esses veículos, que consomem em sua maioria gasolina ou álcool são também responsáveis por mais de 80% das emissões de HCNM. Por outro lado, os veículos pesados movidos a diesel contribuem em maior parte nas emissões de material particulado (MP), óxidos de enxofre (SOx) e óxidos de nitrogênio (NOx). Os resultados dessa estimativa melhoraram substancialmente as informações para a região, já que os mapas de emissão do VEIN possuem maior nível de detalhe se comparados com um inventário global. Com a realização deste trabalho foi possível obter uma maior compreensão dos fluxos de emissão dos poluentes e da distribuição espacial, bem como o conhecimento dos locais e tipos de veículos de maior relevância na contribuição das fontes. Uma melhoria foi obtida nos dados de emissões veiculares, gerando um inventário de emissões mais realista e de maior resolução para a região, o que contribuirá no futuro para o estudo e gestão da qualidade do ar no RN e NEB.