Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Ediana Rosselly de Oliveira |
Orientador(a): |
Pires, Izabel Augusta Hazin |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24491
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Resumo: |
A leucemia linfoide aguda (LLA) é o tipo de câncer mais comum entre crianças e adolescentes. A sofisticação dos processos diagnósticos e terapêuticos promoveu a elevação da sobrevida e a redução das recaídas da doença. A inclusão do tratamento profilático direcionado ao SNC, realizado através de quimioterapia e/ou radioterapia, tem sido apontada como essencial para o sucesso terapêutico, todavia parece relacionar-se à emergência de efeitos neuropsicológicos tardios em cerca de 30% dos sobreviventes. Estudos sugerem que alterações sobre domínios cognitivos específicos contribuem para o declínio do funcionamento intelectual e dificuldades acadêmicas. O objetivo geral da presente pesquisa foi investigar aspectos neuropsicológicos e acadêmicos de crianças e adolescentes sobreviventes de LLA. A pesquisa foi dividida em quatro estudos: 1) Funcionamento intelectual de crianças e adolescentes diagnosticados com LLA; 2) Atenção e funções executivas em pacientes pediátricos sobreviventes de LLA; 3) Tradução e adaptação do Questionário Comportamental Deasy-Spinetta (DSBQ); 4) Investigação de aspectos acadêmicos em crianças e adolescentes diagnosticados com LLA. Participaram desse estudo 26 crianças e adolescentes sobreviventes de LLA submetidas exclusivamente à quimioterapia (grupo clínico) e 26 crianças e adolescentes saudáveis (grupo controle), além de 26 pais e 46 professores. O protocolo de avaliação neuropsicológica contemplou os seguintes domínios: funcionamento intelectual, atenção, memória, funções executivas, habilidades acadêmicas e aspectos comportamentais. Os resultados foram analisados por ferramentas estatísticas descritivas e inferenciais. No estudo 1 o grupo clínico apresentou desempenho significativamente inferior ao grupo controle. A baixa escolaridade materna foi associada a menor desempenho nos domínios verbal, não-verbal e funcionamento intelectual global. A menor idade ao diagnóstico foi correlacionada com baixos desempenhos no domínio verbal, capacidade intelectual global e memória operacional, estando esta última também associada ao maior tempo de conclusão do tratamento. O estudo 2 evidenciou desempenho significativamente inferior do grupo clínico em atenção e funções executivas, especialmente no subgrupo de crianças diagnosticadas antes dos cinco anos de idade. Os resultados do estudo 3 sugeriram que o DSBQ apresenta validade aparente ou de face, sendo um instrumento de fácil utilização. No estudo 4 o grupo clínico apresentou resultados inferiores em aritmética, compreensão de textos e nos processos de armazenamento, evolução da aprendizagem e recuperação de informações. Dificuldades específicas do funcionamento escolar associaram-se predominantemente com a menor idade da criança ao diagnóstico. Espera-se que o conhecimento produzido por esse estudo possa contribuir com o desenvolvimento de programas voltados para a reinserção escolar e a elaboração de políticas públicas para essa população clínica, bem como a realização de estudos futuros em neuropsicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. |