Avaliação da atividade anti-inflamatória e antioxidante da Olmesartana em modelo experimental de mucosite oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Araújo, Lorena de Souza
Orientador(a): Araújo, Aurigena Antunes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24093
Resumo: A Mucosite Oral (MO) é uma das principais complicações envolvidas no tratamento do câncer, em especial, da região de cabeça e pescoço. Trata-se de uma inflamação que afeta a mucosa da cavidade oral e se caracteriza clinicamente pelo surgimento de lesões eritematosas, ulceradas e dolorosas, o que pode ocasionar, em casos mais graves, interrupção do tratamento quimioterápico. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da Olmesartana (Olme), um antagonista do receptor AT1 da angiotensina II (Ang II), na mucosite oral. Foi realizado um ensaio pré-clínico, in vivo, randomizado, cego, com utilização de grupos controles. 42 hamsters Golden Siriam foram divididos em 6 grupos: Controle, Trauma Mecânico, 5-FU, Olme 1mg/kg, Olme 5mg/kg e Olme 10mg/kg. Nos grupos doentes a MO foi induzida nos dois primeiros dias do experimento com um quimioterápico, o 5-fluorouracil (5-FU, 60 mg/kg dia 1 e 40 mg/kg dia 2). Os animais foram pré-tratados com Olme oral (1, 5, ou 10 mg/kg) ou veículo (controles) 30 min antes da injeção de 5-FU e diariamente até o décimo dia. As amostras de mucosa da bochecha foram submetidas a análise macroscópica, histopatológica, análise de atividade enzimática bioquímica e imunohistoquímica. Reações em cadeia de polimerase de transcriptase reversa (RT-PCRs) foram utilizadas para quantificar a expressão de NF-κB, p65, PI3K e MKP1. Os níveis de óxido nítrico sintase induzível (iNOS) e quinase regulada extracelularmente (ERK) foram analisados com Western Blot. O tratamento com 10 mg/kg de Olme reduziu os níveis de ulceração, mieloperoxidase (MPO) e malonaldeído (MDA), inflamação celular, edema e hemorragia (todos p <0,05). O tratamento com Olme de 10 mg/kg também reduziu os níveis do fator de necrose tumoral (TNF)-α, interleucina (IL)-1β, aumentando a expressão PI3K e diminuindo a expressão de NFKB, p65, MKP1 e diminuindo os níveis de iNOS e ERK1/2. A utilização da Olme na dose de 10 mg/kg reduziu o dano e a inflamação da mucosa associados com a MO induzido por 5-FU.