Uma leitura straussiana do Teeteto, 152a

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Souza, Roberto Solino de
Orientador(a): Erickson, Glenn Walter
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Leo
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22597
Resumo: Este trabalho examina a possibilidade de que Sócrates esteja atacando um homem de palha no Teeteto, 152a, quando explica o dito de Protágoras de que “o homem é a medida de todas as coisas” como sendo expressão de um relativismo vulgar que iguala o conhecimento à mera percepção. Parte da sugestão de Leo Strauss de que os grandes escritores do passado fizeram uso de uma técnica peculiar, que ele denomina metaforicamente de “escrita entre linhas”, visando defender suas ideias heterodoxas da perseguição política, enquanto expressam abertamente ideias conformadas às opiniões amplamente aceitas na sociedade. Busca demonstrar que a sugestão de Strauss é válida e que na maior parte da história da filosofia a escrita entre linhas foi aceita amplamente e só recentemente esquecida. Busca clarificar a sugestão de Strauss e extrair regras mínimas que possam orientar uma leitura do trecho citado do Teeteto. Considera ao final que uma leitura entre linhas do citado trecho pode indicar que a hipótese examinada está correta e sugere a chamada “digressão” (172c–177c) como ponto de partida para uma interpretação straussiana do diálogo como um todo.