Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Torres, João Victor Costa |
Orientador(a): |
Gomes, Adriano Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27540
|
Resumo: |
Esta pesquisa, situada no campo de estudos da Linguística Aplicada (L.A), objetiva analisar como ocorre a produção de subjetividade e os modos de sujeição nos testemunhos de fé da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), quando essas narrativas de si discursivizam uma “experiência de felicidade”. Para isso, busca apoio no momento derradeiro das análises de Michel Foucault (1984, 1985, 2010c), isto é, o instante ético. Os cinco testemunhos que compuseram o corpus estão localizados no espaço virtual, em um canal particular da IURD na internet. A metodologia, de natureza qualitativa, delineada por meio da Análise do Discurso (AD), teve como ponto de partida a noção de cuidado de si, resgatada por Foucault (1984, 1985, 2010c). Partindo do pressuposto da descontinuidade, oferece uma chave de inteligibilidade para o gênero discursivo testemunho de fé, por meio de quatro prescrições analíticas: a ruminação, a bifurcação, a vitrine discursiva e a incitação. O exame chega a algumas inferências, quais sejam: os modos de sujeição, embora distintos, compartilham de uma concepção antitrágica e dialética da existência. As condutas circunscrevem o desejo à falta e não à produção. Essa perspectiva deu àquelas subjetividades um traço de dependência do outro. O modo empresarial ou de capital humano, ancorado no lastro da teologia da prosperidade, também se torna presente nas narrativas, especialmente na enunciação de uma felicidade de bem-estar pessoal. As tecnologias do eu, como a ideia de sacrifício e jejum, tem atualização pelos diagramas do poder. Elas despontam pelas vias do consumo, do acúmulo e pelo desejo de recompensa. Finalmente, as imagens identitárias ou narcísicas – apoiadas em sua maioria, pela esteira da produtividade e pelo desejo de uma felicidade crônica – produziram outro acabamento nos fenômenos da parrhesia, da conversão e da salvação, temas ancestrais do cuidado de si. |