Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Eduardo Alexandre Santos de |
Orientador(a): |
Nascimento, Aderson Farias do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24428
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Resumo: |
A região sísmica estudada se localiza no município de Irauçuba, Ceará (CE), localizado na Província Borborema, sendo uma das regiões mais sismicamente ativas do Brasil. A atividade sísmica do Nordeste do Brasil é bastante observada devido a muitos eventos que ocorreram na região por vários anos, com repetições em algumas áreas, que são conhecidas como áreas ativas. Muitos destes eventos são percebidos pelas populações das áreas onde ocorrem, pois apesar deles não atingirem grandes magnitudes, chegam a assustar a população. Em alguns casos até acarretam pequenos danos em casas, tais como pequenas trincas nas paredes e deslocamento de telhas. Um desses exemplos desta atividade sísmica é a que ocorre na cidade de Irauçuba, localizada na porção Noroeste do estado do Ceará, a 175 km de sua capital, Fortaleza. A atividade sísmica em Irauçuba é conhecida e estudada desde 1991, onde ocorreram vários tremores ao sul, na localidade de Juá, distrito de Irauçuba. Nesta região, o maior tremor atingiu 4,9 mb, só superada no Ceará pelo tremor de Pacajus de 1980 (5.2 mb). Uma nova intensa atividade sísmica iniciou-se em 9 de setembro de 2015, e perdurou até o início de março de 2016, quando foram registrados mais de 500 tremores. Desta vez, o maior de intensidade observada foi de IV (MM), com a magnitude máxima observada de 3,8 mb. Este trabalho é decorrente da análise dos dados coletados na campanha realizada no período de setembro de 2015 até o início de março de 2016. Nesta campanha, foram utilizadas sete estações sismográficas digitais, sendo seis compostas por acelerógrafos a três componentes e uma estação, com um conjunto de três sismômetros de período curto (um vertical e dois horizontais). Os dados registrados por elas foram analisados, objetivando a determinação de hipocentros e dos mecanismos focais. Foram analisados 294 eventos sísmicos, registrados em pelo menos quatro estações, utilizando o programa COMPASS. Na determinação hipocentral, foi utilizado o programa HYPO71, utilizando-se um modelo de semiespaço, com os seguintes parâmetros: velocidade de onda P (Vp) de 6,20 km/s e razão Vp/Vs de 1.69. Todos os eventos detectados em pelo menos quatro estações, com resíduo de tempo menor que 0,01 s e erros horizontais e verticais menores que 0,01 km, num total de 69 eventos, possuem um alinhamento N-NW e revelam uma zona ativa de aproximadamente 2 km de extensão e profundidade variando de 8 a 9 km. Dentre os 69 eventos selecionados foram escolhidos 22 mais bem localizados para determinação do plano de falha a partir dos hipocentros, obtendo-se os valores do mecanismo focal composto, realizado com auxílio do programa FPFIT. Os parâmetros da falha sismogênica foram obtidos pela combinação do método dos mínimos quadrados e do programa FPFIT (direção = 45°, mergulho = 52° e o rejeito total = -151°), confirmando a orientação da falha na direção NNW-SSE, com movimento normal. Os epicentros e o mecanismo focal não parecem indicar que haja correlação com estruturas mapeadas até agora em superfície. |