Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Thallys Eduardo Nunes de Araújo |
Orientador(a): |
Gonçalves, Marta Aparecida Garcia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29154
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Resumo: |
Moacir Costa Lopes estreou no cenário literário em 1959, com a publicação de Maria de cada porto, romance que explora com profundidade a temática marítima, na época pouco comum nas letras nacionais, foi recebido com apreço pela crítica de então, que destacou, além desse aspecto inovador, o manejo diferenciado a que o autor submeteu a categoria narrativa do tempo. A preocupação com a temporalidade se mostra evidente em toda a literatura de Lopes, podendo-se, inclusive, apontar o uso experimental desse elemento como marca estética da produção ficcional do autor, que procurou manipulá-lo de forma diferenciada em todos os seus romances, ora em maior ora em menor grau. Será em A ostra e o vento (1964), quarto romance de Lopes, que o tempo se insurgirá na narrativa como elemento central, sendo explorado com engenho pelo autor no âmbito estrutural e no âmbito temático. Esta dissertação objetiva analisar o tempo no romance A ostra e o vento, tanto no que diz respeito à configuração estrutural desse elemento na narrativa em questão quanto no que se refere à relação que nela se estabelece entre o tempo e o fantástico, aspectos de absoluto relevo no corpus selecionado. Fundamentam nossa análise os estudos de Gérard Genette (1979), Benedito Nunes (1988) e A. A. Mendilow (1972) acerca do tempo na narrativa; de Tzvetan Todorov (2008) e Remo Ceserani (2006) acerca do fantástico na literatura, além de outros autores. Os resultados da pesquisa apontam para a imprescindibilidade da configuração temporal na construção dos sentidos da obra analisada, já que interfere na composição dos demais elementos estruturantes do texto narrativo (enredo, personagem, espaço e narrador) e da atmosfera fantástica que caracteriza o romance, além de suscitar reflexões acerca do próprio conceito de tempo. |