Influência dos estresses hídrico e salino nos sistemas antioxidante e lipídico durante a transição semente-plântula em cártamo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lima, Juliana Gabriela Silva de
Orientador(a): Lima, João Paulo Matos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22127
Resumo: Durante o desenvolvimento pós-germinativo, o déficit hídrico e concentrações tóxicas de sais podem afetar processos dos tecidos cotiledonares, como o crescimento, a atividade de enzimas e a mobilização das reservas lipídicas, além de gerar um desequilíbrio redox celular. No entanto, os estudos geralmente relatam alterações metabólicas ao longo do desenvolvimento sob estresses aplicados apenas no momento da embebição. Visto isso, o objetivo desde estudo foi avaliar as mudanças fenológicas e fisiológicas ocasionadas pelos estresses hídrico, induzido por polietilenoglicol (PEG-8000), e salino, induzido por NaCl, aplicados no momento da embebição ou durante a fase de transição semente-plântula. Adicionalmente, o estudo também teve como finalidade caracterizar a atividade das enzimas APX, CAT e SOD e a expressão das enzimas APX, CAT, ICL e MLS das plântulas de cártamo de plântulas submetidas aos estresses apenas durante a fase de transição semente-plântula. Verificou-se que as plântulas sofreram alterações fenológicas e fisiológicas diferentes de acordo com o momento de aplicação do NaCl e do PEG. Os tratamentos realizados durante a transição semente-plântula afetaram em menor grau o crescimento das raízes, a taxa e o índice de velocidade de germinação do que a aplicação de NaCl e PEG no momento da embebição. Entretanto, o efeito do PEG sob os parâmetros fenológicos e fisiológicos avaliados foi mais severo em relação ao observado para o NaCl independentemente do momento de aplicação dos tratamentos. Interessantemente, durante a transição semente-plântula, os teores de H2O2 e de lipídeos peroxidados nas plântulas controle sofreram intenso aumento durante o estabelecimento. Porém, ambos os estresses induziram diminuições nos teores de clorofilas, carotenoides, H2O2 e lipídeos peroxidados, quando comparado ao controle, apesar das plantas submetidas aos tratamentos apresentarem considerável diminuição na atividade da SOD e CAT. Estas reduções também ocorreram a nível transcricional, uma vez que não houve expressão da CAT durante o tratamento com NaCl, sendo observada apenas 72 h após o tratamento com PEG. Já a atividade e expressão da APX se mantiveram altas nas plântulas tratadas, assim como a expressão da MLS. A partir disto, concluímos que condições estressantes especificamente durante a transição semente-plântula podem interferir no processo de sinalização induzido por H2O2 necessário ao completo estabelecimento, ocasionando atrasos no início do metabolismo fotossintético. Além disso, o sistema da APX pode ter um importante papel na manutenção deste processo.