Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Ambrosiana da Silva |
Orientador(a): |
Campelo, Maria Estela Costa Holanda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/53039
|
Resumo: |
No âmbito da temática ‘formação do professor alfabetizador da educação de jovens e adultos’, nosso trabalho, investigou, sob a perspectiva de professoras da EJA, dificuldades docentes por elas encontradas e estratégias de superação utilizadas na prática pedagógica de alfabetizar letrando jovens e adultos. O trabalho se inscreve na abordagem qualitativa de pesquisa e utiliza como procedimentos de construção dos dados o questionário, a entrevista semiestruturada, a análise documental e a observação. O campo empírico foi uma escola pública municipal da cidade de Natal/RN, e os sujeitos quatro professoras das turmas de alfabetização de jovens e adultos. Da análise dos dados, fundamentada em princípios da Análise de Conteúdo, emergiu a temática Docência na Alfabetização-Letramento de Jovens e Adultos, com três categorias - Dificuldades Docentes; Razões Explicativas das Dificuldades; Estratégias de Superação das Dificuldades Docentes, com as respectivas subcategorias. As Dificuldades Docentes relativas ao professor se configuram em: Lacunas/Equívocos da própria formação docente; (In)Conciliação de Variáveis: funcionamento e organização curricular inflexíveis X possibilidades sazonais de trabalho dos alunos; Gestão da heterogeneidade das turmas; Exaustão motivada por pesadas jornadas de trabalho docente e doméstico. As Dificuldades referentes aos alunos são: evidências de muito cansaço pela labuta diária que se prolonga no turno das aulas; (In)Conciliação de Variáveis: jornada extraescolar instável X frequência escolar; Inassiduidade; Baixa autoestima; Medo de errar/de se arriscar; Ansiedade para aprender muito, em pouco tempo; Retrocessos (recuos, acanhamentos), em decorrência de avanços dos colegas; Descrença na própria conquista de autonomia na alfabetização/letramento. Na busca de superar as dificuldades docentes da prática pedagógica, 15 (quinze) Estratégias foram elencadas, a partir da experiência das professoras. Observamos que sobre um único tema as professoras organizam suas narrativas, indicando que a temática da docência é o objeto central de suas reflexões. Todavia, há evidências de que estão mais voltadas para dificuldades gerais, inerentes à própria organização das condições de trabalho docente na EJA e às condições materiais de existência de docentes e discentes. Não apresentam, de forma mais explícita, dificuldades no tocante à prática específica para alfabetizar letrando jovens e adultos, levando a pressupor que não as sentem. O exame mais acurado de suas falas, no entanto, vai mostrando facetas desta categoria, ainda que diluída entre aspectos gerais do cotidiano existencial de alunos e professoras, fato este que atribuímos à gravidade dos problemas estruturais por eles vivenciados no cotidiano extraescolar, com profundas repercussões no cotidiano escolar e na docência. Destacando a importância deste trabalho para a nossa formação profissional, registramos que os achados de nossa pesquisa ratificam a nossa compreensão de que a estrutura, a organização e o funcionamento da escola ideal que temos, com horários rígidos e organização curricular (in)flexível para um público (ir)real da Educação de Jovens e Adultos – precisam ser urgentemente repensados. |