Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bezerril, Benigna Ingred Aurélia |
Orientador(a): |
Santos, Magno Francisco de Jesus |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55621
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Resumo: |
Maria Firmina dos Reis foi uma escritora, professora e compositora maranhense (1825-1917). Sua primeira obra publicada, Úrsula (1859), é considerada como primeiro romance antiescravista do Brasil. Este trabalho tem como objetivo investigar o espaço ficcional na literatura de Maria Firmina dos Reis. Para isso, é investigado o contexto em que a autora viveu: o Maranhão do século XIX e o espaço ocupado por ela na literatura e na imprensa. As experiências de Firmina dos Reis enquanto mulher negra e a construção de seu espaço literário são relacionados com o objetivo de analisar o protagonismo negro e feminino em suas obras. As fontes principais elencadas para essa investigação são o romance Úrsula (1859) e os contos A escrava (1887) e Gupeva (1861). Os jornais do Maranhão do século XIX são mobilizados como fontes de cotejo, assim como o diário da autora chamado O Álbum. A literatura neste trabalho é pensada enquanto espaço ficcional a partir de Luís Santos e Silvana Oliveira. Esse espaço construído por meio da escrita é considerado como lugar de atuação do sujeito no qual suas experiências e vivências transbordam nas representações literárias. Esse sistema de representações vinculado às experiências do sujeito é analisado a partir de Conceição Evaristo e Jacques Derrida. A literatura aqui também é pensada enquanto espaço político a partir das considerações de René Rémond, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Busca-se compreender como Firmina dos Reis representa a sociedade oitocentista na sua literatura, especialmente no que diz respeito às mulheres e aos negros, bem como as possíveis críticas que podem surgir de suas tramas, tendo em vista sua condição de mulher negra no Brasil do século XIX. |