O Colegiado Territorial do Mato Grande em movimento: representação política e sua influência na participação e debate sobre desenvolvimento territorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Anjos, Eucástila Jordânia de Souza Dias
Orientador(a): Moura, Joana Tereza Vaz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS URBANOS E REGIONAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22144
Resumo: A política de desenvolvimento rural no Brasil tem a abordagem territorial como estratégia, e estabeleceu há alguns anos a criação de espaços para participação social diversificada, denominados colegiados ou Fóruns Territoriais. Nesses espaços deveriam estar presentes representantes de diversos segmentos da sociedade que compõem a dinâmica política dos Territórios: organizações da sociedade civil (ONGs, Sindicatos, Associações, Cooperativas, Movimentos Sociais, etc.) e gestores públicos (secretárias municipais e estaduais, autarquias e órgãos federais como o MDA). Este trabalho tem como objetivo analisar as influências e estratégias estabelecidas pelos representantes políticos considerados centrais no debate e execução de ações com enfoque Territorial no Mato Grande/RN. Focalizamos as influências de suas atuações no campo de discussões conformado a partir do espaço institucionalizado de participação, o Colegiado Territorial, estabelecido sob a orientação dessa estratégia em 2005 enquanto instância de gestão e controle social das ações do Estado. Buscamos também compreender a partir das trajetórias desses representantes, mobilizando o conceito de campos (Bourdieu, 1989,2002) como dinamizam, influenciam a organização interna, de pautas e tomada de decisões nos espaços para representação (Colegiado e Núcleo Diretivo). A partir de observações participantes, como também de entrevistas semi-estruturadas com os agentes considerados centrais, podemos vislumbrar elementos que aproximam essas trajetórias. Oriundos da Agricultura Familiar, os representantes centrais conseguem exercer o poder simbólico (Bourdieu, 1989) nesse campo de debates e interesses, compartilham em suas trajetórias pontos comuns como o trânsito entre movimentos sociais e organizações de assistência técnica, processos que se reproduzem em um contexto de negligência das gestões municipais e Estadual com esse debate, fator que condicionaria a reprodução de um ambiente de baixa participação social em torno da promoção do desenvolvimento rural, logo das perspectivas trazidas pela abordagem territorial.