O avesso da ruína: invenção e reinvenção de Pasárgada na obra de Manuel Bandeira (1917-1954)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cavalcanti, Felipe Alves Paulo
Orientador(a): Albuquerque Júnior, Durval Muniz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22439
Resumo: No presente trabalho, analisamos a construção histórica de uma imagem já consolidada no imaginário brasileiro: o espaço de Pasárgada. Acreditando que as imagens se constroem por meio dos vários investimentos de desejo que lhe são destinados, que elas são alvo de elaborações e reelaborações, intentamos aqui mostrar o surgimento e as sucessivas reformulações do espaço de Pasárgada na obra de Manuel Bandeira. Assim, dividimos nossa investigação em quatro momentos: primeiramente, tratamos do declínio social da família Souza Bandeira, marcado pela transição entre um regime patriarcal idealizado e um novo tempo de relações urbanas e burguesas no Brasil. Em um segundo momento, traçamos um percurso pelas primeiras duas obras de Bandeira, A Cinza das Horas e Carnaval, compostas após seu adoecimento em 1904, apontando algumas das diretrizes poéticas aí presentes que futuramente seriam implicadas na criação do poema “Vou-me Embora Pra Pasárgada”. No terceiro capítulo, abordamos o desenvolvimento de novos recursos e procedimentos criativos na obra deste autor durante os anos 1920, ocorrido no contato com três frentes de renovação – a boemia intelectual carioca, o modernismo paulista e o regionalismo tradicionalista recifense –, cujas ideias tornaram possível a criação do espaço nomeado de Pasárgada. Por fim, no quarto e último capítulo, discutimos o sentido “biográfico” que Bandeira e outros autores passam a atribuir a este espaço após o lançamento de Libertinagem, em 1930, dando início a uma série de textos biográficos e autobiográficos que culmina na publicação da autobiografia de Manuel Bandeira, o Itinerário de Pasárgada, em 1954.