Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Moura, Chyrly Elidiane de |
Orientador(a): |
Souza, Marize Barros de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E SOCIEDADE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52725
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Resumo: |
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) de caráter sistêmico, curável e exclusiva do ser humano. Causada pela bactéria Treponema pallidum, sua transmissão se dá por contato sexual sem proteção e da mãe para o bebê durante a gestação nos casos em que a gestante não fez tratamento ou foi tratada inadequadamente. A Atenção Primária à Saúde (APS) tem um papel fundamental no cuidado integral às pessoas com sífilis e promove ações de prevenção, diagnóstico, tratamento, seguimento e vigilância dos casos. Desde 2016 vivemos uma epidemia de sífilis no Brasil atribuída, em parte, pelo aumento da cobertura de testagem, redução do uso de preservativo e pela resistência dos profissionais de saúde à administração da benzilpenicilina benzatina na APS. Diante dessa situação, o objetivo deste estudo foi elaborar e apresentar um Procedimento Operacional Padrão (POP) para contribuir na adesão e segurança das equipes na administração da benzilpenicilina benzatina na APS a partir das fragilidades apontadas pelos profissionais. O presente estudo foi do tipo pesquisa-ação, com abordagem qualitativa, e realizado em um município da 7ª Região de Saúde do Rio Grande do Norte (RN). O universo estudado foram as equipes técnicas da Atenção Primária à Saúde e Vigilância, além das equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS) que não administram a benzilpenicilina benzatina. A coleta das informações se deu mediante a realização de grupos focais. Para organização e categorização dos dados, foi utilizado o Atlas ti. cloud e, como método de interpretação, a análise de conteúdo desenvolvida por Laurence Bardin. Foi possível a organização e agrupamento das dificuldades enfrentadas pelos profissionais para o tratamento da sífilis na APS, relacionando-as com as dimensões da gestão do cuidado em saúde. Na dimensão profissional, ressaltam-se a inaptidão dos profissionais para o preparo e administração desse fármaco, além de tabus relacionados à reação anafilática, tais como o medo de administrar em pessoas que nunca receberam o medicamento e nas situações em que o médico não está presente na UBS. Na dimensão organizacional, destacam-se a fragilidade na logística de medicamentos e insumos como também a ausência de protocolos para orientar as práticas e padronizar as condutas das equipes. Já na dimensão sistêmica, observam-se fragilidades na estrutura das UBS evidenciadas pela falta de sala de procedimentos e espaço para a observação dos usuários como também pela ausência de itens básicos para o atendimento às urgências e emergências. Destacam-se, ainda, fragilidades na gestão em saúde no apoio às UBS e na compreensão do papel da APS no contexto das Redes de Atenção à Saúde (RAS). A identificação dessas fragilidades colabora com a produção de novas táticas que podem impactar positivamente nas ações de intervenção realizadas pelas equipes da APS. Nesse contexto, atendendo as exigências do Mestrado Profissional, optou-se pela elaboração de um POP cuja finalidade consiste em servir como estratégia de gestão e de atenção, visto que quando bem elaborado e implementado com as equipes de saúde devidamente capacitadas, auxilia na tomada de decisão, promove ampliação do acesso e fortalece a linha de cuidado às pessoas com sífilis. |