Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Lívian Rafaely de Santana |
Orientador(a): |
Spyrides, Maria Helena Constantino |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CLIMÁTICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23205
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Resumo: |
Ao longo do litoral do Rio Grande do Norte, verificam-se picos de erosão em praias arenosas, com impactos negativos do ponto de vista social e econômico, em que ondas marítimas foram importante fonte de energia para carreada de sedimentos. Neste trabalho, averiguou-se o regime de ondas incidentes sobre parte do Litoral Oriental do Rio Grande do Norte, especialmente na orla entre a Praia de Ponta Negra e a Via Costeira, trecho do litoral urbano de Natal/RN, entre os anos de 2012 e 2014. Aplicou-se modelo de simulação numérica SWAN, desenvolvido pela Universidade Tecnológica de Delft, operado pela interface gráfica SOPRO, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil de Portugal. Como condições iniciais e de contorno, em mar aberto, foram utilizadas informações de altura significativa, período médio e direção de propagação de ondas oriundas da base Wavewatch III - WWIII. Representou-se a batimetria com as cartas náuticas 810 e 22100 da Marinha do Brasil e o nível de água do marégrafo do Porto de Natal. Para segmentação em intervalos sazonais, aplicou-se Análise de Agrupamento à série WWIII, testando-se a significância dos grupos por teste ANOVA de variância. Os meses de janeiro a abril e de junho a setembro foram reunidos em dois grupos, correspondendo a condições predominantes de verão e inverno, respectivamente. Os meses de maio e outubro integraram outro grupo, ao que representam transições entre os dois primeiros. Novembro e dezembro figuraram um quarto grupo de regime de ondas durante o período estudado. Observou-se que o mais alto percentil de altura significativa superou os 2,42 m, com máximo em 2,97 m principalmente entre os meses de maio a setembro. O ano de 2014 apresentou cenários mais energéticos de incidência de ondas. A maior parte das ocorrências ficou em torno de 1,59 m. A ocorrência de ondas mais longas (maior período) concentraram-se ao redor de 7,14 s, com o percentil 99 iniciando aos 10,58 s, máximo de 13,35 s. A direção de propagação mais recorrente foi próxima dos 99 graus azimute (leste-sudeste), com maiores declinações superando os 134 graus (sudeste), influenciada pelas variações dos ventos alísios, dos escoamentos gerados pelo Sistema de Alta Pressão do Atlântico Sul e pelos Distúrbios Ondulatórios de Leste. De maneira geral, o município de Nísia Floresta recebeu as ondas mais altas durante o período. No trecho da praia de Ponta Negra e Via Costeira, a enseada do Morro do Careca tem ondulação atenuada pela difração do trem no promontório, onde o período variou em torno de 7,55 s e altura de 0,65 m e a energia de incidência aumentou em direção à Via Costeira, com período de 6,88 s e altura de 0,76 m durante os meses de inverno. |