Sismologia de fonte passiva na bacia do Parnaíba: implicações para a subsidência cratônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Coelho, Diogo Luiz de Oliveira
Orientador(a): Casas, Jordi Julia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28621
Resumo: Apresentamos nessa tese diferentes abordagens metodológicas para caracterizar a estrutura crustal e para imagear a Zona de Transição do Manto com o objetivo de elucidar os principais processos geodinâmicos que atuaram na Bacia do Parnaíba. Estimativas pontuais da espessura e da razão Vp Vs da crosta, juntamente com perfis de velocidade da onda S, obtidas da análise de funções do receptor em várias estações sismográficas de banda larga instaladas na bacia, mostram uma crosta espessa próxima ao atual depocentro da bacia causada por uma camada de alta velocidade sísmica alocada no limite crosta/manto. O arcabouço crustal apresentado corresponde a estruturas de terrenos Pré-Cambrianos e sugere um estiramento crustal mínimo na direção leste-oeste. O imageamento da Zona de Transição do Manto através da migração de funções do receptor, por outro lado, rechaça o papel de processos convectivos profundos na bacia como responsáveis pela subsidência cratônica da mesma, pois a espessura apresentada se mantém constante sob a bacia. Outro ponto que rejeita movimentos verticais dirigindo a subsidência da bacia é o soerguimento da descontinuidade de 660 km sob riftes Cambrianos próximos ao Lineamento Transbrasiliano. Este soerguimento indica uma anomalia térmica na base da Zona de Transição, mas não na parte superior, onde não se observa nenhuma alteração. A adição de novas restrições crustais e mantélicas às principais propostas sobre o mecanismo que gerou a subsidência observada na Bacia do Parnaíba representam nossa principal contribuição nesse debate sobre a evolução da mesma, e espera-se que estas restrições contribuam para elucidar os processos que determinaram a evolução da bacia ao longo do tempo geológico.