A céu aberto: garimpando a memória e a identidade dos mineradores de Brejuí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bezerra, Ângela Maria
Orientador(a): Cavignac, Julie Antoinette
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20050
Resumo: A Mina Brejuí, situada no município de Currais Novos (RN), foi responsável pelo crescimento da economia local entre os anos de 1943 de 1990, atraindo uma mão de obra de mineradores para o núcleo urbano. Após o fim da extração da scheelita, a mina foi transformada em um “Parque Temático”, em 2004. A empresa imprimiu sua marca na cidade com a construção de monumentos que fazem referencia à atividade mineira e ao seu fundador Tomaz Salustino. No entanto, não existem registros escritos sobre os primeiros garimpeiros nem sobre o sistema de exploração do minério em seu início. Convém então coletar as memórias dos mineradores e perguntar se, ao longo das mais de cinco décadas em que durou o auge da mineração, se construiu uma identidade ligada à profissão; em que medida os trabalhadores fazem referencia a esta história como integrantes e quais são os símbolos que estão sendo acionados na elaboração de uma identidade operária. Investigo ainda que memória se constituiu em torno dos pioneiros, em sua maioria agricultores atraídos pelo chamado da bateia. Para isso, recorro aos recursos audiovisuais de arquivo e aos registros orais dos interlocutores que foram filmados para a elaboração do documentário “Lembranças de velhos garimpeiros”. Notamos que, no script da história oficial da Mina Brejuí, a figura do “patrão” se sobrepõe à dos trabalhadores e que as formas de patronagem, oriundas do mundo rural, seguiram pontuando as relações sociais na mina. Hoje, com a retomada da atividade, é possível que renasça o desejo de fortalecimento da classe operária e da identidade mineira no sertão do Seridó.