Um percurso sobre o patrimônio e a morfologia urbana do centro de Fortaleza-CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Goes, Gérsica Vasconcelos
Orientador(a): Nascimento, José Clewton do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20015
Resumo: A incursão sobre a área histórica do central de Fortaleza apresenta reminiscências de um acervo patrimonial passível de reconhecimento como patrimônio edificado da cidade, tanto em aspectos arquitetônicos quanto urbanísticos. O bairro tem em seu tecido urbano uma síntese das diversas fases da arquitetura brasileira materializada em seu traçado e nos bens edificados. Essa composição abrange principalmente a produção eclética, perpassando pelo momento do art déco e inclui o período da produção moderna. O presente trabalho visa identificar no acervo patrimonial existente, as temporalidades e espacialidades que possibilitam remontar a história da forma urbana do bairro. Utilizando-se do aporte teóricometodológico da morfologia urbana de autores como Aldo Rossi (1966), Gordon Cullen (1971), José Lamas (1990), Kevin Lynch (1960), e Philippe Panerai (1999) foi permitido, em um percurso predefinido, tecer parte da memória urbana fortalezense. O estudo históricomorfológico percorre através da análise sequenciada os subconjuntos articulados formados pela rede de praças do bairro: Praça José de Alencar, Praça Capistrano de Abreu (Lagoinha), Praça Clóvis Beviláquia, Praça do Carmo, Praça Murilo Borges (BNB), Praça Coração de Jesus, Parque das Crianças, Praça do Riacho Pajeú, Praça dos Voluntários (Polícia), Praça do Ferreira, Praça Waldemar Falcão (Correios), Praça General Tibúrcio (Leões), Praça Figueira de Melo, Bosque Dom Delgado (Pajeú), Praça Cristo Redentor, Praça Caio Prado (Sé), Praça dos Mártires (Passeio Público), e Praça Castro Carreira (Estação). Setorizou-se o bairro com base nesse sistema de praças, pois se percebe que há nesses espaços públicos um trajeto que contempla uma parcela da história urbana fortalezense. Além de que em seu entorno, há uma maior concentração de bens patrimoniais em relação aos demais setores do bairro em que a descaracterização é uma imperativa do conjunto urbano. Visando apreender essa rede de espaços públicos contidas na área estudada foram propostos dois percursos baseados nos limites da cidade de 1875 delineados por Adolfo Herbster (Planta da cidade da Fortaleza). O trajeto se inicia pelas conhecidas boulevards (avenidas do Imperador, Duque de Caxias e Dom Manuel) e pela orla marítima. O estudo é pautado na análise bibliográfica, documental e empírica, sendo composto por uma sobreposição de mapas, acervo fotográfico e desenhos que ratificam esse acervo patrimonial tanto arquitetônico quanto urbanístico na contemporaneidade. Dentre os resultados obtidos, observou-se que diante de um quadro atual da perda do locus da noção de aglomerado histórico-cultural, as praças expressam os redutos da ambiência patrimonial que por ventura resistem na morfologia urbana da Capital cearense.