Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Rosalma Diniz |
Orientador(a): |
Nobrega, Wilker Ricardo de Mendonça |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TURISMO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27082
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Resumo: |
O turismo, enquanto fenômeno social, que influi no modo de vida de quem visita e é visitado, foi cooptado pelos discursos e ações políticas como meio de desenvolvimento para um povo ou nação. As festas populares, de origens remotas e ainda hoje tão presentes como prática cultural, fazem parte do calendário turístico de muitas cidades do Brasil e do mundo, sendo muitas delas baseadas em alguma atividade agropecuária, ocorrendo, portanto, em sua maioria, no denominado meio rural. A presente pesquisa, a partir de informações coletadas desde 2009 e de uma pesquisa de campo empreendida em dezembro de 2017, buscou compreender como as festas populares incorporaram o discurso do turismo, a partir de projetos que proclamam a sustentabilidade econômica e sociocultural. Para tal foi utilizado o caso da “Festa da Laranja, Festival Nacional da Tangerina”, que ocorre comumente no período de outubro, novembro ou dezembro, na cidade de Matinhas, Paraíba. Assim, tem-se como objetivo central analisar as implicações da conexão “festa-turismo” para o desenvolvimento local. Para tal fim, utilizou de métodos qualitativos, instrumentalizados pelas entrevistas em profundidade, observação participante e notas de campo – nos quais o texto-contexto (escrito e oral) do falante é que irá direcionar o entendimento das questões. Como resultado da pesquisa em tela, percebeu-se que, no caso da Festa da Laranja em Matinhas, a conexão Festa-turismo se faz mais presente não na atividade turística em si, mas na presença das políticas públicas, desde a inserção da cidade no “Mapa do Turismo” aos recursos do Ministério do Turismo auferidos pela gestão municipal para a Festa da Laranja e outros eventos festivos. De forma colateral ou transversal, tal conexão movimentou as estruturas socioeconômicas e culturais do município, tornando-o mais conhecido, menos isolado e estimulando a autoestima e o sentimento de pertencimento entre os habitantes, o que também acabou por lançar sementes para que o município entrasse em outros espaços ou instâncias turísticas, como o “Fórum Turístico do Brejo Paraibano”. Por fim, o caso nos faz refletir sobre o que é turismo e o papel das políticas públicas de turismo no Brasil, levando em conta as microrrealidades das chamadas zonas rurais, observando que as festas populares são um locus relevante para pensar o desenvolvimento local, e que o turismo é um fenômeno que está presente, seja no discurso ou ações efetivas, em lugares onde não podem ser vistos a “olho nu”, dado que as pesquisas comumente se voltam para megaeventos, megaprojetos ou “megarrealidades”. |