Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cavalcanti, Bruno Honório |
Orientador(a): |
Dias, Maria Aparecida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA EM REDE NACIONAL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/30058
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Resumo: |
A educação física escolar hoje é reconhecida como um componente curricular obrigatório na Educação Básica, e, sendo assim, ela também é atrelada ao projeto político-pedagógico da escola. Reconhecida como componente curricular, determina um número de presenças mínimas e nota para que o aluno consiga sua aprovação. Apesar de todo avanço e reconhecimento desse componente curricular, algumas problemáticas estão presentes até os dias de hoje, entre elas a não adesão às aulas de educação física, sobretudo, as aulas chamadas “práticas”, que se agrava nos anos finais do ensino fundamental 2 e no ensino médio. Como as aulas de educação física escolar (AEFE) possuem esse componente “extraclasse”, é fácil perceber aquele aluno que fica à margem da aula. Os motivos são variados para que essa situação ocorra, dentre os quais podemos citar: falta de conteúdos diversificados, desinteresse por parte dos alunos e falta de intervenção pedagógica nas atividades desenvolvidas. Em destaque, a falta de diversificação de conteúdo e o esporte como sendo um dos principais conteúdos das AEFE têm contribuído para a não adesão dos alunos nesse componente curricular. Além desses fatores, outras situações podem levar a essa não adesão às AEFE, que não necessariamente estejam presentes na proposta didática e metodológica do professor. Isso ocorre porque as relações e experiências pregressas com as AEFE nos anos anteriores, as condições estruturais das escolas, as condições sociais, as práticas esportivas e os comportamentos advindos da estrutura familiar, podem influenciar nessa não adesão às aulas desse componente curricular. Por isso, o objetivo geral deste trabalho é analisar os motivos que levam a não adesão nas AEFE dos alunos do 9º ano Ensino Fundamental 2, da escola pública municipal em que atuo como docente. Além disso, temos por objetivos específicos: identificar se os motivos da não adesão dos alunos às aulas de educação física escolar têm relação com os aspectos pedagógicos destas ou com outros fatores relacionados à escola, e compreender se há diferença entre a adesão e a não adesão às aulas de educação física escolar quando trabalham com o conteúdo esporte. A presente pesquisa trata-se de um estudo de caráter qualitativo descritivo que analisará, por meio de um diário de campo e de um questionário criado pelo autor, elencando assim as categorias encontradas de forma predominante segundo as respostas dos alunos das duas turmas investigadas. Além dos alunos, as falas dos professores de outros componentes curriculares, da gestão escolar, da coordenadora pedagógica e dos pais/responsáveis desses alunos fizeram parte da pesquisa. A pesquisa tem como referência as questões voltadas para a não adesão dos alunos às AEFE. Segundo nossos resultados, a não adesão dos alunos é causada por três principais motivos: a infraestrutura da escola, o tipo de conteúdo nas aulas e a preguiça. Por fim, uma das constatações com nossa investigação foi que a AEFE, comparada aos outros componentes curriculares, apresentou-se como o componente curricular de maior participação, para nossa surpresa. Ademais, é necessário um olhar mais cuidadoso em todos os outros componentes curriculares, pois o fato de estarem dentro de quatro paredes não garante nem a participação nem a inclusão no processo de ensino e aprendizagem. |