Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Abella, Leticia Beatriz Gambetta |
Orientador(a): |
Pedrosa, Cleide Emilia Faye |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24118
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Resumo: |
As redes sociais, no marco das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), têm se constituído num espaço de expressão ao alcance de todos aqueles que têm acesso à internet. No Brasil, 49% dos brasileiros têm acesso à internet e, dentro desse número, 76% acessam todos os dias. Twitter, Facebook, Instagram e várias outras propostas participativas e interativas despertam diversos interesses de comunicação que incluem intercâmbios pessoais de informação e dados, divulgações com propósitos de marketing e várias outras finalidades. Uma das mudanças mais importantes em torno das possibilidades que as redes oferecem surgiu para aqueles que querem conquistar seguidores e defender uma causa. Assim, os movimentos sociais têm encontrado nesses canais de expressão um terreno fértil de convocatória e interatividade com seus seguidores. Esta tese tem o objetivo de analisar criticamente as manifestações discursivas do movimento Vem pra rua nas suas redes sociais Twitter e Facebook, tomando como ponto de partida o posicionamento do grupo na sua apresentação no seu site oficial. O Vem pra rua nasceu como movimento social em 2014 e,de acordo com o que expressam suas próprias lideranças na página oficial do grupo, trata-se de “um movimento suprapartidário, democrático e plural que surgiu da organização espontânea da sociedade civil para lutar por um Brasil melhor”. A pesquisa está sustentada teoricamente na Abordagem Sociológica e Comunicacional do Discurso (ASCD), braço teórico-metodológico da Análise Crítica do Discurso (ACD) (FAIRCLOUGH, 2001, 2003), que tem, nesta investigação, seu eixo no diálogo transdisciplinar entre a ACD, a Comunicação para a Mudança Social (CMS) (GUMUCIO-DAGRON, 2008, 2011), a Sociologia Aplicada à Mudança Social, a Gramática da Multimodalidade (COPE; KALANTZIS, 2009) e a Linguística Sistêmico-Funcional (LSF) (HALLIDAY, 2004). No caso do nosso trabalho, apoiamo-nos no Sistema da Avaliatividade da LSF como ferramenta de compreensão dos percursos de construção de sentido que se materializam nos textos atuais caracterizados por construções multisemióticas. Contamos também, para consolidar a nossa análise crítica, com a Representação dos Atores Sociais proposta por Theo Van Leeuwen (1997; 2008), que nos leva a encontrar as marcas de inclusão e exclusão nas formas escolhidas pelos emissores para representar os atores no texto. Esta tese tem buscado compreender, por meio do discurso manifestado nas redes do movimento Vem pra rua, se o movimento de fato, segundo se apresenta, não tem interesses partidários, se sua articulação tem partido da organização popular espontânea e se a mobilização mediática responde a mecanismos democráticos de organização. Assim, seguindo o caminho metodológico de abordagem transdisciplinar, constatamos que o discurso de apresentação no site do movimento não é reflexo da construção identitária que o Vem pra rua tem feito nas suas redes sociais, particularmente no período pré votação do impeachment da presidenta Dilma. Concluímos também que as novas Tecnologias de Informação e Comunicação, são ao mesmo tempo que ferramentas potenciais de novas vias de expressão para grupos minoritários, elementos de grande valia para consolidar grupos hegemônicos com fortes interesses ideológicos. |