Prospecção de marcadores citogenéticos em grandes peixes pelágicos marinhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Soares, Rodrigo Xavier
Orientador(a): Molina, Wagner Franco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24517
Resumo: Grandes peixes pelágicos representam um dos principais e mais lucrativos alvos da pesca industrial no Brasil. O Rio Grande do Norte pela posição geográfica privilegiada constitui hoje uma das regiões em que a pesca oceânica comercial é mais produtiva com tendencia a ampliação a partir de novas políticas de incentivo governamental. Diferente de outras regiões produtoras mundiais que vêm pesquisando as principais espécies exploradas, no Brasil estudos que objetivem a delimitação de populações e dados genéticos para a conservação das espécies marinhas são escassos. Dentro dos grupos pelágicos predomina menor diversidade em relação à abundância, isto é característico em algumas das mais importantes famílias de peixes desta região oceânica, como Sphyraenidae (barracudas), Carangidae (xareus e pampos), Coryphaenidae (dourados) e Istiophoridae (marlins). A obtenção de dados citogenéticos destas espécies se revestem de dificuldades logísticas, tanto pelo tamanho dos exemplares, quanto pela forma de captura e habitat que ocupam. As primeiras informações citogenéticas para algumas espécies destas famílias têm apenas recentemente sido obtidas. Aqui é realizado um amplo levantamento citogenéticas de 9 espécies de peixes pelágicos Atlânticos, das famílias Sphyraenidae, Carangidae, Corypahenidae, Istiophoridae e Megalopidae e 1 Carangidae do Indo-Pacífico. Os resultados revelaram divergências numéricas e na macroestrutura cariotípica, em contraste ao padrão considerado basal para Teleostei, além da ocorrência de um sistema de cromossomos sexuais múltiplos do tipo X1X1X2X2/X1X2Y em Coryphaenidae. A partir de técnicas como Ag-RONs, MM/DAPI foi possível identificar a utilidade de sítios ribossomais simples e sua localização como eficientes marcadores citotaxonômicos para todas as espécies. Técnicas citogenéticas mais resolutivas de mapeamento de sequências multigênicas (FISH - Fluorescence in situ Hybridization) possibilitaram pela primeira vez para algumas dessas famílias inferir sobre os processos carioevolutivos vigentes e aspectos evolutivos das espécies estudadas. A partir dos resultados obtidos ampliou-se o conhecimento sobre estes importantes recursos marinhos, subsidiando políticas futuras de manejo dos estoques, bem como esteio futuro para o desenvolvimento tecnológico da aquacultura marinha.